Debate: Assédio Moral e Saúde Mental

Por Lorena Martins

 

 

Na temática do setembro amarelo, mês destinado à campanha de prevenção ao suicídio, o SINTET UFU juntamente com o GT de Mulheres realizou o debate “Assédio Moral e Saúde Mental”. O evento que aconteceu no dia 24, no auditório da biblioteca do campus Santa Mônica, contou com a presença de Amanda Gondin, advogada em direito das mulheres, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência; e também do advogado do SINTET UFU, José Carlos Muniz. Os convidados debateram sobre situações que configuram assédio moral e como isso pode prejudicar a saúde mental dos servidores.

José Carlos Muniz iniciou o debate explicando que o assédio moral acontece quando o trabalhador é tratado de forma abusiva e/ou humilhante por repetidas vezes, tendo sua dignidade reduzida. De acordo com o advogado, essa prática é recorrente no serviço público.

Amanda Gondin afirma que os grupos considerados minorias, como as mulheres, os negros, a comunidade LGBTQIA+ e pessoas deficientes estão mais vulneráveis a sofrerem assédio moral, observando que muitas vezes isso ocorre por meio de piadas e uso de termos pejorativos. A advogada também ressalta a questão do assédio sexual, problema que afeta principalmente as mulheres e, infelizmente, é comum em todos os setores da sociedade, incluindo o ambiente de trabalho.

O debate deixou em evidência a relação entre o assédio e a saúde mental dos trabalhadores, além de destacar a importância da denúncia nesses casos. A orientação é os servidores registrem os acontecimentos por meio de fotos, vídeos, relatos detalhados e prints e procurem assessoria jurídica para que as providências sejam tomadas. Segundo Muniz: “o sindicato não existe pra ser imparcial, ele existe pra defender os servidores e servidoras”.

Considerando que às vezes é particularmente difícil para a vítima registrar a situação, por motivos de medo e até mesmo vergonha, a sugestão é que todos fiquem atentos para que, caso percebam que algum colega está sofrendo assédio, possam fazer a denúncia por eles.

Neste contexto, fomentar uma cultura de união e solidariedade entre os servidores e servidoras da UFU contra o assédio é uma prática que também preza pela saúde mental dos trabalhadores. Trabalhar em um ambiente saudável faz toda a diferença, por isso a tolerância com qualquer forma de assédio tem que ser zero.

25 de setembro de 2019