NOTA PÚBLICA SINTET-UFU: CONVITE À CATEGORIA

 

O SINTET-UFU, no cumprimento de suas atribuições, convida todas e todos os técnicos administrativos da Universidade Federal de Uberlândia a participarem da ASSEMBLEIA GERAL que será realizada nesta QUARTA-FEIRA, DIA 19 DE JANEIRO, às 14:00 horas, de acordo com o que se segue:

A Assembleia será realizada em formato híbrido, sendo que a estrutura presencial estará localizada no Centro de Convivência do Bloco 8C, no campus Umuarama, e a modalidade virtual será realizada pela plataforma Zoom.

Ressaltamos que essa modalidade híbrida (presencial e virtual) visa atender às diversas manifestações recebidas de servidores e servidoras do Hospital de Clínicas e demais áreas, que fundamentaram sua preferência baseados no fato de estarem em horário de trabalho. A localização deste espaço facilita a presença na assembleia, uma vez que as condições de conexão e navegação dentro do hospital, poderiam inviabilizar suas participações. Os demais servidores e servidoras, que assim o preferirem, terão disponibilizado nos canais do SINTET-UFU o link de inscrição para participação virtual na atividade.

Reforçamos o convite e a importância de uma participação massiva dos trabalhadores e das trabalhadoras, pelos motivos que seguem:

1 – Precisamos discutir nosso posicionamento frente às lutas do ano que se inicia: A FASUBRA, há três anos, tem enviado ofícios ao MEC, Ministério da Economia e ao Governo, sistemática e mensalmente, apresentando nossas pautas e solicitando a abertura de negociação para nossas demandas.

Este governo, que já demonstrou concretamente seu ódio e aversão aos servidores públicos, principalmente nós da educação e da saúde, ignorou peremptoriamente todos os convites para negociar, não se dando apenas ao trabalho de dizer não, mas tendo nos ignorado totalmente.

Entendemos que este é o momento de todos os servidores públicos mostrarem sua força e apresentar ao presidente da República Federativa Do Brasil, Sr. Jair Messias, a conta pelo desprezo aos servidores, à educação e à ciência.

Precisamos construir a maior greve do setor público que este país já assistiu.

 

2 – Precisamos discutir, além disso, nosso posicionamento frente à inércia da gestão superior, no enfrentamento ao agravamento da pandemia, principalmente no que diz respeito à proteção da saúde e da vida dos servidores técnicos e técnicas administrativas da nossa Universidade.

É inaceitável que, em um cenário que Uberlândia apresenta um crescimento exponencial dos casos de contágio pelo COVID-19, tanto o Comitê UFU de Monitoramento ao COVID-19, quanto a Gestão Superior, prefira trilhar o caminho do “negacionismo e da desumanidade” que foi e é, uma das características maléficas e anticientíficas do governo Bolsonaro.

Um centro de ciência e de formação do conhecimento não pode se curvar subalternamente à uma Instrução Normativa emitida por quem prega o negacionismo e o desprezo pela vida, abrindo mão de sua autonomia e ignorando o grave cenário que se estabelece hoje e em dias futuros.

 

Não há possibilidade de se exigir que grupos de riscos se exponham a este vírus terrível, não prescinde exigir que trabalhadores e trabalhadoras se exponham aos riscos de contaminação sob o argumento de que não existe previsão legal para o retorno ao trabalho remoto.  Posicionar-se nesse ponto é assumir que Bolsonaro está com a razão, negando o que se vê em todo o mundo e aceitando que sua política para as universidades é a mais adequada.

Não podemos deixar que a UFU navegue nas águas lamacentas do fascismo.

Argumentar que o trabalhador e a trabalhadora estão sozinhos em uma sala, e por isso não correm risco, é afirmar que o vírus é localizado e que não circula. É negar tudo que a ciência nos orienta quanto ao cuidado de se evitar ao máximo a mobilidade urbana desnecessária.

Obrigar trabalhadores e trabalhadoras a realizar seus trabalhos presencialmente apenas para satisfazer caprichos de chefias, gerentes, diretores e pró-reitores é uma clara manifestação de apego e nostalgia da época feudal.

Dessa forma, precisamos decidir nessa assembleia qual será nosso posicionamento frente a tudo isso:

Buscar nossa proteção e a proteção dos nossos ou assistir passivamente a UFU se curvar ao vírus e ao negacionismo institucionalizado no país?

 

Outros temas de relevância também serão discutidos, como a situação do HC-UFU que vem se agravando sensivelmente com a política nefasta, privatista e incompetente do projeto EBSERH, e ainda a situação dos servidores e servidoras nos processos de compras da universidade.

Finalmente, reforçamos que esse é o momento de mostrarmos ao que viemos, o que somos nessa universidade e o que merecemos receber por toda a dedicação que dispensamos à UFU, à sociedade e ao país.

 

Coordenação Colegiada do Sintet-UFU

18 de janeiro de 2022