Terceirização dificulta a organização dos trabalhadores em torno dos seus direitos
Por isso digamos não ao PL 4330
O Dia Nacional de Paralisação contra a Terceirização, Medidas Provisórias 664 e 665 e o ajuste fiscal aconteceu dia 29 de maio. No período da manhã, os trabalhadores técnico-administrativos participaram da palestra sobre Terceirização com o professor do curso de ciências sociais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Edílson José Graciolli, no sindicato do comércio (SECUA). À tarde, Gilberto Neves secretário da Cultura falou sobre Reforma Política e Democratização dos Meios de Comunicação.
A concentração de trabalhadores no campus Educação Física contou com a participação de representantes das centrais sindicais CUT, CTB, CSP Conlutas, sindicatos (SINTET-UFU, ADUFU, SINTEL, SECUA, SINDUTE), Fórum Luta Pela Terra e estudantes do Diretório Central dos Estudantes da UFU em ato contra o ajuste fiscal e PL 4330 (terceirização) para debates.
Edílson José Graciolli, na oportunidade afirmou que “o processo de terceirização dificulta a organização dos trabalhadores em torno dos seus direitos, sendo uma das modalidades da precarização do trabalho”.
Para Graciolli, “as terceirizações não devem ser regulamentadas, devem ser extintas” e seus objetivos na iniciativa privada são reduzir os custos da força de trabalho e exteriorizar as relações, sendo assim, os salários ficam menores, as jornadas e riscos de acidentes, maiores. Já nas instituições públicas, as terceirizações não significam redução dos gastos públicos.
Sobre a Conjuntura Política atual, o professor afirmou que o poder executivo vive um processo de isolamento; o judiciário, judicializa a política e o legislativo tem o congresso mais conservador desde 1964.
Os trabalhadores discutiram ações contra a terceirização do trabalho, contra as Medidas Provisórias (MP) 664 e 665 — que endurecem as regras de concessão do seguro-desemprego, do auxílio-doença e aposentadorias e ajuste fiscal do governo, que dificultam a vida dos trabalhadores na conjuntura atual e os mobiliza na luta por direitos.
Texto: Kennedy Costa e Nayane Dominique
Edição: Luciana Castro
2 de junho de 2015