FALA SINTET | 14 de setembro de 2022

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 14 de setembro de 2022

 

(Lorena) Olá, companheiras e companheiros ouvintes da Universitária FM, eu sou Lorena Martins e está no ar o FALA SINTET-UFU.

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria, juntamente com o Conselho Federal de Medicina, organiza o Setembro Amarelo, campanha nacional de prevenção ao suicídio. Nessa edição do FALA SINTET, abordamos as campanhas de saúde mental. E quem conversa com a gente hoje é o Tiago Rocha, que é Psicólogo e PHD em Saúde Coletiva e Professor do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da UFU.

Tiago, seja bem-vindo!

 

(Tiago) Olá Lorena, olá amigos ouvintes do SINTET-UFU, aqui quem fala é o professor Tiago Rocha Pinto, do departamento de saúde coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia. Sou psicólogo de formação e é um prazer tá podendo trazer um pouco da minha experiência e da visão acerca dessa temática aqui com vocês. Penso que as campanhas de saúde mental e em particular o setembro amarelo, a exemplo de outras discussões encabeçadas pelo ministério, como Novembro Azul, Outubro Rosa aproximam a sociedade das equipes de saúde, do sistema de um modo geral em ações e em problemáticas que o nosso país ainda precisa avançar ou de doenças ou de questões que ainda são prevalentes, muito incidentes e requerem maiores ações de prevenção emoção abordagem, reconhecimento do fenômeno pra que a gente evite a cronificação, a sobrecarga do sistema com doenças que potencialmente poderiam ser preveníveis ou evitáveis. No campo da saúde mental há que se reconhecer que as questões, os transtornos, né? O sofrimento psíquico, transtorno mental, o número de tentativas de suicídio tem sido crescente nas últimas décadas e com ele a busca também por ajuda no serviço de saúde por diversas formas e nem sempre as equipes estão paradas e instrumentalizadas pra acolher e abordar e tratar da melhor forma essas questões. Então trata-se também de um mês onde se intensifica o aprendizado, a busca ativa, a capacitação e a instrumentalização de profissionais e equipes no maior interlocução junto à sociedade. Né? Pra trazer informação, abrir e apresentar os serviços que existem de acolhimento, de tratamento em relação a isso. Né? Pra que se evite a cronificação do sofrimento, internações que poderiam ser evitáveis e desnecessárias. Né? Há de ressaltar que reconheço o fenômeno do suicídio de forma multideterminada ou atravessada por diversos aspectos, ou seja, é um fenômeno que tem raízes, não apenas vamos conseguir solucioná-lo com base em ajuda de mais médicos ou mais medicamentos apenas né? Há que pensar de forma intersetorial, interprofissional de que forma políticas públicas também podem colaborar né? E evitar que as pessoas recorram e busquem o suicídio ou a tentativa de suicídio como única forma plausível pra solução do seu sofrimento psíquico né? Pensar também que sociedade é essa que tem adoecido e levado pessoas a cada vez mais a buscar esse tipo auxílio, de solução. Precisamos sim nos preparar, nos capacitar pra reconhecer, pra apoiar desde a atenção primária, né? Ofertando um leque maior de possibilidades, de apoio, de acolhimento, com apoio matricial, de equipes, enfim, conhecendo e conferindo maior legitimidade ou sofrimento psíquico. E assim quem sabe, né? Reconhecendo de que forma a sociedade também pode melhorar pra evitar que menos pessoas procure a morte com alívio total da sua dor.

 

(Lorena) Esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana, você pode conferir mais informações em nosso site e redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

 

12 de setembro de 2022