Fala SINTET-UFU | 09 de agosto de 2023 | Racismo na UFU, denúncias sobre a condução dos casos pela universidade

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 09 de agosto de 2023

(Lorena) Olá, companheiras e companheiros, aqui é Lorena Martins e nesse Fala SINTET-UFU a gente conversa sobre as denúncias a respeito da condução dos casos de racismo na Universidade Federal de Uberlândia.

Na última semana o SINTET-UFU reuniu em um dossiê, relatos e documentos que apresentam as incoerências da gestão da UFU, diante dos casos de racismo que aconteceram na instituição ao longo de 2023. O material está disponível em nosso site e eu convido o Lucas Pires pra explicar melhor pra gente sobre essa questão. O Lucas é Técnico de Laboratório na UFU, Coordenador de Comunicação aqui no SINTET e aluno de Psicologia. Seja bem-vindo, Lucas.

 

(Lucas)  Olá ouvintes do Fala SINTET, Lorena, nós tivemos em março duas denúncias de racismo que vieram a público, né? Vieram sendo expostas também pela mídia na Universidade Federal de Uberlândia, um caso com um distrito de história do campus de Ituiutaba e outro com o grupo eh de de discentes calouros o curso de psicologia em campus Umuarama e esses casos embocaram aí uma série de fatos que evidenciaram a perpetuação dos mecanismos racistas dentro da instituição. Nós tivemos aí uma certa oportunidade de expor pra pró-reitoria em uma roda de conversa, pró-reitoria de assuntos estudantis que esses alunos vítimas eh especificamente do caso de hashtag do campus Umuarama estavam tentando se preservar de toda situação porque em si é uma situação muito violenta muitas vezes todo desdobrar e é evidência que ficam esses casos. Mas em um despacho enviado pela pró-reitoria de assistência estudantil ao Sintet Up no dia vinte e sete de março era demandada a identificação dessas vítimas do campus Umuarama. Mas nós tínhamos então um print de WhatsApp que mostra que já tinha contato direto com os alunos, o que mostra uma incoerência, né? Afinal de contas eles já tinham essa identificação e é algo grave, porque forçar a identificação de vítimas de opressão, expô-los novamente numa situação violenta de onde elas querem se eh se preservar, eh revitimizar é uma violência institucional. Com os desdobramentos disso a de hepasso eh a diretoria de assuntos e estudos afro-raciais da universidade convocou então uma reunião pra um diálogo onde estava a PROA e o SINTET e a PROA então eh propôs formação de uma comissão pra que pudesse estabelecer um protocolo de tratamento, né? De das denúncias dos casos de racismo que chegava. Nós chegamos a apontar eh as pessoas que poderiam participar dessa comissão representado então em maio pra reitoria. Mas essa comissão nunca foi de fato referendada, nunca houve uma portaria permitir o funcionamento dessa comissão. No final do mês de junho nós chegamos a enviar um ofício a pró-reitoria pra que questionando a demora e a morosidade no envio, né? Na emissão dessa portaria. Mas nós nunca tivemos resposta sobre isso que mostra realmente o descaso com a a as políticas raciais da universidade. Fora isso, nós também temos outros casos que é importante eh ser colocado, que nós estamos colocando em evidência nesse momento como forma de denúncia de denúncia que é uma manifestação. Fora isso tem outras situações que se somam a esses fatos que aconteceram no decorrer desse ano e que evidenciam aí toda a situação grave e a maneira como a gestão lida com as questões sociais dentro da universidade. É manifestação a ouvidoria da UFU eh uma manifestação corrida no mês de junho uma resposta da ouvidoria sinalizando que as denúncias recebidas por elas são acompanhadas por uma comissão permanente de ações afirmativas. Mas essa comissão que nós chamamos eh aqui de de SER na universidade foi instituída em dois mil e dezoito. É uma comissão eh que trataria das questões raciais da Universidade mas que ela nunca funcionou, nunca teve o regimento aprovado para que pudesse estar em funcionamento, regimento esse que está parado na gaveta da pró-reitoria de assuntos estudantis há um ano para aprovação e que ainda eh não foi colocada em funcionamento, não foi aprovada pra que ela pudesse realmente colaborar com as denúncias dos casos de racismo expõe a ouvidoria da UFU. E em parecer emitido recentemente a ouvidoria eh da universidade qual o arquivamento de uma denúncia ou de uma docente constrange racialmente o aluno o que é totalmente absurdo pois até testemunhas eh estiveram presente eh nesse caso e há vídeos gravados mostrando esse constrangimento a um relatório, né? No parecer que que indica o arquivamento desse caso sem se quer a possibilidade de apuração do que realmente houve o relator coloca que na verdade a pessoa que passou né? Que que cometeu essa violência eh está havendo uma situação de desequilíbrio emocional racismo não é desequilíbrio emocional. A gestão se desaberta ao diálogo, mas é um diálogo nada encaminhativo e se há algum encaminhamento não cumprem com o que prometem. Temos uma gestão que muitas vezes se esconde atrás da representatividade, de grupos de minorias dentro do seu grupo ali de gestores. Mas é uma representatividade que usam apenas pra se justificar e não constroem políticas concretas, que protegem, promovem as negros e negros da universidade. Para acesso a você completo com toda a documentação comprobatória sobre o que é denunciado. Eh só acessar o site www.sintetufu.org. Obrigado aí Lorena e ouvintes do FALA SINTET.

 

(Lorena) Esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

 

8 de agosto de 2023