Fala SINTET-UFU | 1º de maio de 2024 | Dia Internacional dos Trabalhadores

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 01 de maio de 2024

(Raissa) Olá, companheiras e companheiros, aqui é Raissa Dantas e nesse Fala SINTET-UFU a gente conversa sobre o dia internacional dos trabalhadores. Sintonize suas lutas. 

É preciso lutar, é possível vencer, dizia uma faixa em um grande ato de primeiro de maio, dia internacional dos trabalhadores, ocorrido durante o período de redemocratização. É essa a motivação e a intenção da luta, na coletividade, daquelas e daqueles que vivem da sua força de trabalho, que se organizam em defesa dos seus direitos, que sonham com um amanhã de vitórias pra sua classe. 

Nesse programa, convidamos Lilian Machado de Sá para conversar com a gente sobre o primeiro de maio. Lilian é assistente social aposentada da UFU e dirigente histórica do SINTET-UFU. 

Seja bem-vinda, Lilian.

(Lilian) Recebi agora um convite do SINTET para falar um pouco aos trabalhadores e trabalhadoras da nossa universidade, de Uberlândia, de todo o Brasil e, quiçá, do mundo. Um grande velhinho, no passado, falou uma frase que é muito importante ser sempre relembrada. “Trabalhadores, uni-vos”. O que isso significa? A gente vê uma sociedade tão dividida, de um lado, muitos pobres, pessoas passando fome, pessoas trabalhando muito para ter acesso a alguns bens de consumo, e, do outro lado, poucos, que são ricos, que são exploradores da nossa força de trabalho e que conseguem, com essa exploração, acumular riquezas. São gananciosos, desprezam a vida. Desprezam o meio ambiente, querem destruir tudo, tudo tem que ser transformado em ouro. Um dia chegará, eu tenho certeza, que essas pessoas verificarão, como circula muito na internet, que não vão poder comer o ouro. E aí talvez seja muito tarde, né?

Eu acho que, se aproximando aí o dia 1º de maio, é muito importante que possamos fazer uma reflexão. Aonde que está a nossa força? Muita gente fala que fica desanimada, não muda, é muita fome, é muita miséria, mas as pessoas não estão se dando conta que os próprios trabalhadores e trabalhadoras é que estão permitindo esse estado de coisa, que a acumulação da riqueza nas mãos de poucos seja continuada, vai perpetuando esse sistema até a hora que a gente resolver. Vamos mais aceitar isso. Nós vamos nos organizar, nós vamos encontrar nossos pares, nós vamos conversar com os trabalhadores da nossa empresa, da nossa universidade, da nossa cidade, do estado, do país, do mundo. E vamos ver se esse estado de coisas não vai mudar. Nós precisamos estender nossos braços para nossos companheiros e companheiras. Nossa força seguramente estará na nossa união, na nossa organização, fazendo valer os nossos interesses. Não vamos mais engordar esse povo, que já está com a barriga muito cheia. Vamos olhar para os famintos, para os que têm muita necessidade, para os que fazem a riqueza desse mundo. Aqueles que querem proteger o meio ambiente, que quer um desenvolvimento sustentável. É isso que nós precisamos. O dia que o trabalhador e a trabalhadora tiverem consciência da sua força, ninguém segura mais o nosso desenvolvimento.

E eu chamo a atenção para que a gente pense no nosso desenvolvimento humano, espiritual, inclusive, na extensão dos nossos braços em direção àqueles que precisam da nossa ajuda, do nosso apoio. E quero chamar muita atenção para a necessidade de fortalecimento do nosso sindicato. O nosso sindicato é o motor da nossa organização. Precisamos cuidar dele, participar dele. Se não gostamos da direção, não vamos atacar o sindicato. Vamos nos organizar para que a situação mude. Vamos colocar, então, as pessoas que nós achamos que são mais combativas e que nos representam. Mas eu estou muito contente com o sindicato.

(Raissa) Esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

30 de abril de 2024