Há algum tempo esta entidade vem atuando de forma consistente e insistente junto à Gestão da Universidade para restabelecer os atendimentos do antigo NASS, hoje ASSER, que há muito estava abandonado.

Para quem se lembra, e viveu essa história, não foram poucas as vezes que o SINTET-UFU realizou intervenções junto à Universidade cobrando explicações e soluções para que aquela estrutura voltasse a funcionar dentro dos objetivos para os quais foi concebida.

As justificativas apresentadas variavam: hora diziam que o setor caracterizava uma porta de entrada privilegiada para o SUS e isso gerava ilegalidades; hora alegavam que com a chegada da EBSERH e mudança no sistema hospitalar os sistemas de controle não conversavam entre si e isso inviabiliza os atendimentos e encaminhamentos de exames e consultas; hora diziam que a falta de profissionais não permitia manter os atendimentos, para quem viveu esse problema deve se lembrar que das doze especialidades atendidas no NASS houve uma redução para cinco especialidades.

Fato é que sempre tinham uma justificativa para não fazer o que a comunidade da UFU ansiava.

Bem, estamos em período eleitoral, quando a comunidade universitária vai decidir quem será o próximo reitor da UFU, e MILAGROSAMENTE, apareceram profissionais suficientes, os sistemas voltaram a se conectar e a ilegalidade desapareceu.

A comunidade de trabalhadores e trabalhadoras precisa estar atenta a isso e se questionar:

POR QUE ESSE MILAGRE OCORRE EXATAMENTE NO LIMIAR DA CONSULTA ELEITORAL?

SERÁ QUE ESSE MILAGRE REPENTINO VAI PERSISTIR APÓS O PERÍODO ELEITORAL?

É evidente que não questionamos aqui os benefícios que essa abertura que sempre buscamos pode trazer à comunidade, mas é preciso alertar a todos e todas que não definam seus votos a partir desses MILAGRES SURPREENDENTES e com risco de serem temporários.

Da mesma forma é preciso ficarmos alertas com algumas mudanças de postura em função do período eleitoral.

Gestores que têm por hábito tentar calar mulheres, de repente se tornaram grandes defensores das causas femininas.

É preciso estarmos atentos e não perdermos na memória as dificuldades de nossas lutas nos últimos tempos.

É preciso considerar qual o nível de utilização da máquina pública com fins eleitorais vem sendo praticado nos últimos tempos: seja com as questões relativas aos servidores e servidoras, seja com questões relativas à comunidade discente.

O funcionamento do NASS é importante, mas esta reflexão não pode deixar de ser feita: COMO SERÁ NO PÓS-ELEIÇÃO?

 

Coordenação Colegiada do SINTET-UFU e Diretoria Executiva da ADUFU-SS | 26 de agosto de 2024

26 de agosto de 2024