Kennedy Costa
A atividade proposta pelo comando local de greve do SINTET-UFU, realizada na tarde de quinta-feira, 30, contou com a participação de Larissa Quirino Lorena Duarte, servidora do Centro Integrado da mulher (CIM) da cidade de Uberlândia; Antônio Alves Neto (Toninho), da FASUBRA; e Diego Gonçalves Rodrigues, militante do movimento LGBT e estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS).
Durante a explanação sobre o machismo, Larissa resgatou a criação da Lei Maria da Penha, e explicou que, quando a mulher é agredida e o agressor tem algum laço afetivo, a referida lei, não permite a desistência do inquérito instaurado a pedido da vítima ou pela própria delegacia, indo até o seu fim, com audiência jurídica.
Sobre o tema homofobia, Rodrigues destacou que homofobia é aversão medo mórbido e irracional à LGBT (Lésbicas, Gays, bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros). Frisou que os LGBT são pessoas comuns, filhas e filhos, mães e pais, parentes, estudantes, amigos e amigas, trabalhadores e trabalhadoras, etc. Na explanação ele explicou que não se trata de uma opção, mas uma condição sexual. “Respeito é a palavra de ordem” disse Rodrigues.
Para tratar do racismo, Toninho apresentou o filme “Xadrez das cores” que abordava o tema, retratando a humilhação, mas que, em seu enredo destaca a igualdade, fazendo analogia ao jogo de xadrez. Toninho referiu ao contexto histórico, desde o período de escravidão, para explicar todo o processo cultural de preconceito. Destacou também que é papel do Estado resolver as questões de racismo, dos resquícios que vem da escravidão, e promover a igualdade, ofertando condições sociais para isso. “Educação é fundamental” finalizou.
Depois das falas da mesa, abriu-se espaço para perguntas que foram esclarecidas pelos convidados. Para o militante Diego Gonçalves Rodrigues, os sindicatos são espaços de diálogo, de educação, inclusão, respeito à diversidade; e para que esses sejam realmente defensores da dignidade humana, são necessários eventos educativos para o conhecimento da população, como o seminário “Opressões: Machismo, Racismo, Homofobia”.
No evento, um dos pontos mais destacados pelos palestrantes foi o de se propor cada vez mais meios de formação, como grupos de estudo, seminários e espaços em assembleias para a discussão de temas como estes, promovendo assim, a educação.
“É um trabalho de formiguinha” – Diego Rodrigues
31 de julho de 2015