30 horas na UFU é debatida durante paralisação dos TAE’s

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Seguindo com o Dia Nacional de Paralisação convocado pela FASUBRA e aprovado em assembleia geral do SINTET-UFU, foi organizado um debate sobre a pauta local de reivindicações dos técnicos-administrativos em educação da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O evento foi realizado no anfiteatro do bloco 5S do Campus Santa Mônica.

O primeiro a debater foi o Coordenador Geral do SINTET-UFU e Coordenador de Educação da FASUBRA Mário Costa de Paiva Guimarães Júnior. Em sua fala ele explicou aos presentes o relatório feito pela Professora Kárem Cristina de Sousa Ribeiro (que pode ser acessado clicando aqui).

O segundo a falar foi o também Coordenador Geral do SINTET-UFU Robson Luiz Carneiro. Relembrou a longa jornada de luta, da legitimidade dela, mas salientou que é preciso ter atenção nessa discussão. “É preciso ter cuidado com alguns pontos, principalmente no que se refere ao ponto eletrônico, pois caso ele seja adotado para quem faz 30 horas, aquele ou aquela que fizer 40 horas e não bater o ponto estará sendo beneficiado em uma parte e lesado em outro”, disse.

Robson ainda afirmou que “temos que ficar atentos, pois sempre nos é cobrado uma contrapartida. Precisamos analisar se a contrapartida é boa ou não e não traga mais prejuízos para nós”. Para finalizar também revelou algumas sugestões de mudanças no texto que serão apresentadas ao Conselho Diretor em sua próxima reunião.

A última a debater foi à conselheira do CONDIR Thaienn Paes Leme Alberto. Ela abriu sua fala dizendo sobre a dificuldade da luta sobre as 30 horas. “Eu entrei na universidade em 2010 e desde então ouço sobre a implementação da jornada de 30 horas para nós, porém, só agora estamos conseguindo, ao menos, discutir o assunto”, afirmou.

Thaienn pediu para que todos os presentes leiam a resolução e façam suas indagações e sugestões sobre ela para que todos os setores sejam contemplados e representados da melhor forma possível. “A resolução é engessada, mas ainda é uma proposta. Por isso ainda podemos reformulá-la e melhorar nossas condições na luta”, alegou. Ela ainda teceu algumas críticas a alguns pontos da resolução. “O capítulo que fala sobre a implantação exclui a representação dos técnicos, exceto por um único membro indicado pelo CONDIR. Deixar toda a discussão na mão da administração superior que muda a cada quatro anos é correr o risco de jogar toda a luta fora, sem contar que é antidemocrático”.

Para encerrar sua fala ela mostrou um dos principais benefícios da flexibilização da jornada de trabalho. “Nós não seremos os únicos beneficiados com as 30 horas, a universidade também será, e consequentemente a população, pois nós estamos dando a condição da UFU atender a população durante 12 horas ininterruptas”, finalizou.

Texto e fotografia: Guilherme Gonçalves

24 de fevereiro de 2016