SINTET-UFU realiza Cine Debate com o filme “As Sufragistas”

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Foi realizada no começo da noite de ontem (01) a primeira das três atividades previstas sobre o Dia Internacional da Mulher. O Cine Debate com o filme “As Sufragistas” aconteceu no anfiteatro A do bloco 5O no Campus Santa Mônica. Na próxima segunda-feira haverá outra sessão com o filme, dessa vez no anfiteatro do bloco 2A no Campus Umuarama. E na próxima quinta-feira será realizado um debate sobre a segurança na UFU no anfiteatro F do bloco 5O.

Em um anfiteatro lotado a Coordenadora Geral do SINTET-UFU Celeste Francisca abriu o evento agradecendo a presença de todos, reforçando a importância do debate sobre o feminismo. Em seguida a Coordenadora de Políticas Sociais Antirracismo, Maria José Nascimento Fabiano também agradeceu a presença de todos os participantes e fez o convite para o Grupo de Trabalho das Mulheres (GT Mulheres) que será promovido pelo SINTET-UFU.

Após as considerações das coordenadoras a sessão foi iniciada. Dando seguimento a atividade foi montada a mesa debatedora com a Professora Neiva Flávia da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Maria Cristina Sagário Coordenadora de Imprensa e Comunicação do SINTET-UFU.

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A primeira a falar foi à professora que apresentou algumas informações. “Nos últimos cinco anos, mesmo com a lei Maria da Penha, o número de agressões contra as mulheres tem aumentado muito”, disse.

Flávia ainda alertou para a ineficiência das políticas públicas voltadas para a segurança da mulher. “Estamos em uma condição em que sequer conseguimos reduzir os índices de violência contra a mulher”, afirmou. Para finalizar reiterou que apesar das dificuldades enfrentadas pelo sexo feminino não se pode abaixar a cabeça e desistir da luta. “Infelizmente os direitos só são adquiridos a partir da resistência. Quem dera conseguíssemos eles a partir do diálogo, mas precisamos resistir”, finalizou a professora.

Em seguida foi à vez de Maria Cristina Sagário. A coordenadora do sindicato começou sua fala com um relato pessoal, falou também da emoção que sentiu ao assistir o filme e como ele colaborou com ela. “Assisti ao filme duas vezes e chorei nas duas vezes. Também a partir dele consegui evoluir um pouco mais sobre o assunto”, afirmou.

Trazendo o filme para a realidade atual, a debatedora encontrou ainda semelhanças entre a luta das personagens e a das mulheres atualmente, mesmo com uma diferença histórica tão grande. “No filme as mulheres queriam quebrar paradigmas e adquirir direitos que homens não queriam dar. E isso é o que nós ainda queremos. Queremos quebrar paradigmas até os dias atuais”, completou.

Para encerrar sua participação, Sagário teceu críticas ao atual governo brasileiro, que pouco avançou nas políticas de segurança para as mulheres. “Vivemos época da primeira presidente eleita no Brasil, mas que não avançou nas políticas para as mulheres. A violência contra a mulher triplicou nos últimos anos, e a cada 2 horas uma mulher é assassinada no país”, finalizou.

Após as considerações das debatedoras foi aberta a participação do público. Em tom de desabafo, muitas participantes fizeram declarações sinceras do que já sofreram.

 

Texto e imagem: Guilherme Gonçalves

2 de março de 2016