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PARALISAÇÃO E GREVE das Trabalhadoras e Trabalhadores da FAEPU contam com TOTAL apoio do SINTET-UFU

Por Coordenação Colegiada

Nos dias 10 e 11 de maio de 2018 vivenciamos dentro de nosso Hospital de Clínicas (HC-UFU) um momento de paralisação das trabalhadoras e trabalhadores da Fundação de Assistência, Estudo e Pesquisa de Uberlândia (FAEPU) que são fundamentais para a manutenção das atividades cotidianas do nosso HC-UFU. Nos dias 14 e 15 de maio, essas trabalhadoras e trabalhadores realizaram uma greve que se encerrou no final da manhã do dia 15.

Qual motivo da Paralisação e da Greve das/os trabalhadoras/es da FAEPU?

Que tempos são estes, em que temos que defender o óbvio?

Bertolt Brecht

Reivindicam o óbvio: RESPEITO e DIGNIDADE no TRABALHO! A simples, justa e óbvia GARANTIA de recebimento de seus salários em dia!

                                               

Quanto vale a vida? É possível fazer uma gestão humanizada?

Como se não fosse desrespeito suficiente deixar de pagar salários à quem trabalha e contribui para a grandeza do HC-UFU, a direção do hospital universitário e da FAEPU também atuou de forma autoritária e ríspida com a comissão de representantes das trabalhadoras e trabalhadores da FAEPU, com o Sind-Saúde e com o SINTET-UFU. No dia 14 de maio a diretoria do HC-UFU proibiu o SINTET-UFU de participar da reunião sobre a greve e os atrasos de pagamento, mesmo sabendo da histórica relação política que o SINTET-UFU possui com as trabalhadoras e trabalhadores da FAEPU.

Da presidência da FAEPU e sua diretoria já era esperado este tipo de truculência e falta de democracia, uma vez que na fundação não há eleições democráticas ou transparência. Certamente o cenário seria outro se submetido à vontade das urnas. Já da direção do hospital universitário (felizmente eleita de forma democrática, mas não para atrasar salários ou cortar o ponto) não era de se esperar a conivência com a postura anti-sindical por parte da Diretoria da FAEPU que informou que descontará os dias de paralisação das trabalhadoras e trabalhadores. Que sua atual postura nos sirva de lição no próximo processo eleitoral.

Espanta-nos que, além da frieza e desrespeito que ocorre com as trabalhadoras e trabalhadores da FAEPU por não garantir o pagamento em dia de seus salários, a Diretoria do HC-UFU ainda ouse ampliar o seu desrespeito informando que não vai respeitar o justo direito democrático de paralisação das funcionárias e funcionários da FAEPU, uma vez que ameaçam em cortar o ponto de quem participou da paralisação e retaliar quem se organiza para reivindicar seus direitos.

Não entendemos os motivos pelos quais a Diretoria do HC-UFU adota essa postura que destoa da relação construída ao longo do ano de 2017. Entendemos que deve ser vergonhoso para essa diretoria do HC-UFU ter se somado à Administração Superior na infeliz articulação que impôs a EBSERH via golpe dentro do Conselho Universitário (CONSUN) – desrespeitando o Estatuto da UFU e o regimento do conselho.

De fato, saber que a EBSERH realizará a gestão do HC-UFU, entrando pelas portas dos fundos, de forma vergonhosa, tendo sua perspectiva de gestão derrotada nos debates e audiências públicas deve ser algo muito difícil para a Diretoria do HC-UFU. Mas nada justifica a Diretoria do hospital adotar uma postura autoritária com o SINTET-UFU (impedindo sua entrada em reunião para tratar das condições de trabalho das trabalhadoras e trabalhadores da FAEPU), e uma postura autoritária com as funcionárias e funcionários da fundação que paralisaram suas atividades para reivindicar a garantia de recebimento de seus salários em dia.

Fazemos um apelo público para que a Direção da FAEPU e a Diretoria do HC-UFU não pratiquem NENHUM TIPO DE RETALIAÇÃO contra as trabalhadoras e trabalhadores da FAEPU, e para que respeitem o movimento sindical que faz parte do convívio de uma sociedade e de uma gestão pública humanizada e democrática.

Pedimos para que todas as trabalhadoras e trabalhadores do HC-UFU (UFU, FAEPU e terceirizados) apoiem essa causa, que se manifestem junto as suas chefias imediatas e junto à Direção da FAEPU e à Diretoria do HC-UFU, para que não cortem o ponto das trabalhadoras e trabalhadores da FAEPU que realizaram paralisação, e para que não pratiquem qualquer outra forma de retaliação à mobilização política e social que é de direito da classe trabalhadora.

17 de maio de 2018