PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 31 de agosto de 2022
(Lorena) Olá, companheiras e companheiros ouvintes da Universitária FM, eu sou Lorena Martins e está no ar o FALA SINTET-UFU.
Hoje, dia 31 de agosto, comemora-se o aniversário de Uberlândia. A cidade completa 134 anos. Então nessa edição do FALA SINTET, convidamos o Sebastião Elias, enfermeiro do Hospital de Clínicas da UFU, para falar sobre as políticas municipais de Uberlândia. Tião Elias, seja bem-vindo!
(Sebastião Elias) Obrigado pelo convite, é uma alegria participar do Fala SINTET-UFU e conversar com a nossa comunidade no aniversário de 134 anos de Uberlândia. Essa cidade dinâmica, mas também cheia de contradições. Uma cidade que é amada por todos que nasceram aqui, mas também por aquelas pessoas que vieram e escolheram viver aqui. Né? Eu quero refletir com vocês que o que torna uma cidade, um lugar bom de se viver é a troca que a sociedade faz com a comunidade. Por um lado toda ela constrói as cidades, não apenas algumas pessoas e por outro lado a cidade cuida das necessidades dessa população. Quais necessidades de saúde, de educação, de alimentação, de transporte, de segurança, de habitação que hoje são direitos humanos básicos e que são responsabilidade de toda a sociedade e de outros entes do poder público. Mas são sobretudo responsabilidade dos poderes legalmente constituídos na cidade como a Câmara de Vereadores, o Ministério Público, o Poder Judiciário, principalmente a prefeitura. Nesse sentido, nós precisamos olhar para os 134 anos de Uberlândia com os olhos de todas as pessoas que aqui vivem. Mas principalmente dessas que dependem do poder público pra atender as suas necessidades humanas básicas. Necessidades como a saúde que tem a ver com o direito à vida e que segundo a nossa constituição é um dever do estado garantir o acesso universal. Mas que em Uberlândia nós sabemos da falta de acesso a vagas na pediatria, da falta de especialidades a leito de internação, a medicamentos, a educação a mesma coisa que a gente sabe né? Que o ensino fundamental e a fase inicial é responsabilidade do município e sabemos da carência de creches e também de outros espaços de educação que complementam a formação como o esporte, a cultura e também o lazer. A habitação que deveria ser segura e confortável pra maioria das famílias de Uberlândia, certo? Consome boa parte da renda, com financiamentos e aluguéis caros. Sem contar os inúmeros acampamentos dos sem-teto que nós temos na cidade, sem nenhuma infraestrutura básica e sem propostas efetivas de ações governamentais pra resolver a questão. Hoje nós sabemos que a fome também ocupou a cidade, tá presente em cada esquina de Uberlândia e a cidade que já teve ação da cidadania contra a miséria e a fome, já teve restaurante popular, hoje conta na verdade com 8 cozinhas comunitárias, certo? Pra matar a fome da população. Nas quais a gente não sabe da participação do poder público. O transporte que deveria ser seguro, ágil e com um custo justo em Uberlândia ele é caro e é muito estressante, é inseguro e conforme também a renda das famílias e leva a morte todos os anos muitos cidadãos. É um campeão de trabalho precário também. Seja com os motoristas de aplicativo, seja com os nossos jovens, né? Que são colocados sobre motos, em subempregos para voar pelas ruas se arriscando e tornando cada esquina de Uberlândia uma grande roleta russa. Portanto nós precisamos olhar nesses 134 anos de Uberlândia, para essas e outras necessidades da população e refletir se elas são garantidas igualmente para toda a população. E se não são, por quê? Do mesmo modo refletir sobre as relações de poder local para que Uberlândia continue se desenvolvendo, mas contemplando as demandas de toda a população com justiça e com equidade. Obrigado SINTET, um grande abraço a nossa comunidade e viva Uberlândia. Parabéns pelos seus 134 anos.
(Lorena) E esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Você pode conferir mais informações em nosso site e redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!
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30 de agosto de 2022
