Fala SINTET-UFU | 02 de novembro de 2022

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 02 de novembro de 2022

 

(Raissa) Olá, companheiras e companheiros ouvintes da Universitária FM, eu sou Raissa Dantas e está no ar o FALA SINTET-UFU.

Luiz Inácio Lula da Silva venceu o segundo turno das eleições presidenciais que aconteceram nesse último domingo, 30 de outubro. Com mais de 60 milhões de votos recebidos, Lula bateu o seu próprio recorde de votação e é o presidente mais votado da história do Brasil. O sindicato dedica esta edição do SINTET-UFU para avaliar e pensar os próximos passos após a vitória de Lula. E para isso convidamos o Wanderson Fagundes, assistente social no HC UFU e coordenador do Sindicato, para participar do programa de hoje. Seja bem-vindo, Wander.

 

(Wanderson) Em primeiro lugar, parabenizar todos e todas que se envolveram nessa importante luta que foi derrotar Bolsonaro nas urnas nesse domingo. A gente travou uma batalha e ganhou das fake news, de mentiras, de retirada de direitos, porém esse foi só o primeiro passo. Agora entendo que a gente tem outras tarefas urgentes e necessárias para serem desenvolvidas. A primeira delas é garantir a posse desse governo. Desde domingo com o resultado das eleições, alguns setores, né, a gente tá acompanhando aí na mídia que caminhoneiros vem bloqueando estradas, não reconhecendo o resultado do pleito, atacando a democracia, sugerindo que hajam intervenção das forças militares para se colocar novamente no Brasil uma ditadura civil militar ou empresarial militar, que ataque direitos e restrinja as liberdades democráticas e políticas da população brasileira. É preciso a gente se posicionar pra que o governo Lula tome posse e que seja feita a vontade do povo. Garantida a posse de Lula, é necessário que a gente siga nossa organização nos locais de trabalho, moradia, estudo para avançar rumo à novos direitos e recuperar os direitos perdidos durante o governo de Michel Temer e de Bolsonaro. Principalmente a revogação do teto de gastos pras políticas sociais, que fazem parte de um projeto de sucateamento da política de educação, da saúde e demais políticas sociais no país. A revogação das reformas trabalhistas e previdenciárias que vieram tirar direitos históricos conquistados pelos trabalhadores, que vieram precarizar as relações de trabalho, precarizar a vida do trabalhador e da trabalhadora brasileira. Outro ponto importante da nossa luta se trata da recomposição salarial, das perdas que tivemos, que estamos aí desde o governo Temer, governo Bolsonaro inteiro sem nenhum reajuste inflacionário, não estamos falando nem de aumento, estamos falando de perda salarial que tivemos, da inflação que não foi reposta, isso representa uma diminuição, ano a ano, do nosso salário. É preciso que a gente, junto com outras categorias do serviço público, avancemos nessa luta pela recomposição salarial. Outro ponto fundamental da nossa luta que teremos que desprender muita energia é a reorganização da classe trabalhadora no Brasil. Essa classe trabalhadora que já conseguiu fazer greve geral e conseguiu derrubar um governo militar, colocar no texto da constituição direitos sociais, direito a saúde, uma saúde universal, direito à educação e lutar por esse direito ao longo dos anos e que hoje encontra-se bastante desorganizada. É preciso que a gente consiga se organizar a partir dos nossos locais de moradia, de estudo, locais de trabalho, em diálogo e união. Juntos avançando contra esse projeto bolsonarista que visa a desinformação, que visa colocar os trabalhadores um contra os outros. Entender que somos classes trabalhadora, que vive do nosso trabalho e que temos um projeto em comum enquanto classe trabalhadora. Que a gente tá na luta por melhores salários, melhores condições de vida, moradia pra todo mundo, saúde de qualidade pra todos, educação pra todos. Assim podemos construir um futuro melhor, um amanhã melhor, mais promissor. Em diálogo e tirar esse véu que encobre, ainda, os olhos de muitos companheiros e companheiras nossos, trabalhadores que se deixam enganar por uma ideologia que não é a da nossa classe trabalhadora. Uma ideologia da classe dominante que aparece como boa, porém na prática não é. Não defende a família brasileira, não defende os interesses dos trabalhadores, pelo contrário, se utiliza de uma questão moral pra tentar arrebanhar parte da classe trabalhadora pros seus projetos de destruição. Temos muito trabalho pela frente, vamos juntas e juntos com certeza vencer esse período de mentiras, de ataque aos nossos direitos e conseguir avançar rumo à novas conquistas.

 

(Raissa) E esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana, você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Uma ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

 

1 de novembro de 2022