Fala SINTET-UFU | 04 de janeiro de 2023 | 2023: expectativas e desafios do movimento sindical

(Raissa) Olá, companheiras e companheiros ouvintes da Universitária FM, eu sou Raissa Dantas e está no ar o FALA SINTET-UFU.

Ano novo, governo novo e novos desafios… Na primeira edição do FALA SINTET de 2023, nós vamos falar sobre as expectativas para esse ano e sobre os desafios do movimento sindical. Para isso eu convido Robson Luiz Carneiro, Técnico-administrativo na UFU e Coordenador Geral do SINTET.

Seja bem-vindo, Robson.

 

(Robson) Olá Raissa, olá ouvintes do SINTET-UFU, meu nome é Robson, sou técnico-administrativo na Universidade Federal de Uberlândia. Estou atualmente na coordenação do sindicato e é um prazer estar aqui mais uma vez pra contribuir pras reflexões, as discussões sobre esse momento que nós estamos vivendo.

A gente está aí iniciando um novo ano. Iniciando um novo governo. Todo mundo cheio de expectativas, né? Cheio de esperança. Mas o momento ainda não é um momento bom de um modo geral, tanto pros trabalhadores, quanto pras universidades né? Ainda tem alguns temas aí que precisam ser rediscutidos né? Precisam ser reorganizados, por exemplo, nós temos aí o orçamento da universidade que ainda é um incógnita, como é que esse novo governo vai tratar isso? Já temos uma boa expectativa com a aprovação da nova PEC né? Sobre o orçamento que abre um espaço pra se trabalhar de áreas essenciais né? Dentro da sociedade né? E uma delas que eu acho que é a que mais interessa propriamente aos servidores e as servidoras da Universidade Federal de Uberlândia é a questão da recomposição salarial e das condições de trabalho né?

Na recomposição salarial, a gente já vem aí há 6 anos, mais ou menos, sem uma recomposição, então existe uma expectativa muito grande por parte dos trabalhadores, das trabalhadoras, da gente conseguir alguma coisa. O governo já sinalizou, inclusive colocando no orçamento uma previsão de mais ou menos 10 bilhões pra poder atender a essa recomposição, alguma né, recomposição do salário dos servidores e das servidoras, mas é um começo de discussão, é um começo de governo e a gente precisa estar atento pra isso. Existe a previsão já orçamentária mas agora começa o período mais delicado de tudo isso né? Porque é preciso abrir a mesa de negociação pra gente definir quanto a gente consegue recuperar de salário, quanto o governo vai oferecer dentro disso que foi aprovado, mas o que nos enche de uma expectativa positiva é a sinalização do governo de que já esse mês vai sentar com o FONASEFE, sentar com a FASUBRA, sentar com as representações dos trabalhadores pra começar a discutir. Inclusive tem outras questões para além do salário que precisam ser muito debatidas e reformuladas. Uma delas por exemplo é o resgate da comissão nacional de supervisão da carreira. A nossa carreira precisa voltar a ser debatida aqui dentro da universidade, já fizemos um contato com a PROGEP pra gente tentar reativar ou resgatar a comissão interna de supervisão da carreira, a ASSIS, e em nível nacional pra além dessa questão da carreira nós temos aí plano de gestão que foi colocado pelo pelo governo Bolsonaro, que em suma é muito danoso, mas no entanto ele tem algo que é muito atrativo né? A organização dos trabalhadores que é a questão do teletrabalho. Então qual que é a proposta que está se levando pra ele, que deve ser discutida junto com o governo. É desmembrar o teletrabalho do plano de gestão e rediscutir o teletrabalho dentro de condições mais favoráveis aos trabalhadores.

Por que que a gente fala em colocar em rediscutir o teletrabalho em condições mais favoráveis aos trabalhadores? Porque da forma que ele está, por exemplo, o trabalhador não tem nenhum tipo de subsídio, nenhum tipo de garantia na questão do teletrabalho, né? Então a gente precisa rediscutir, inclusive a FASUBRA já tem um posicionamento de fazer essa rediscussão, nas bases com foco só no teletrabalho e levar pras mesas de negociação uma proposta que nos dê garantias mínimas sobre sobre essa questão aí. O plano de gestão não precisa nem falar, é uma lógica muito produtiva e com todas as alterações que o governo fez no último momento, no final do ano, piorou um pouquinho aquilo que já não era aos nossos olhos uma coisa muito positiva ao se trabalhar. Então o plano de gestão a gente precisa desvincular, teletrabalho e plano de gestão, reformular tudo isso dentro de uma nova lógica agora e apresentar pros trabalhadores pra eles aprovarem né? Então a expectativa pra esse ano com novo governo Lula pelo menos é de muita negociação, de muito diálogo, né? De muita discussão sobre os temas que são caros, a pauta da FASUBRA é extensa, tem elementos que são fundamentais, que são prioritários, né? Isso já tá no horizonte das discussões e o mais importante o que deixa a expectativa com esse novo governo bem positiva é justamente o fato de ele ter sinalizado né? De criar essa mesa de negociação já a partir de janeiro. Então vamos aguardar aí o que vem nesse mês de janeiro pela frente e se tudo der certo esse mês a gente já começa essas discussões e a mobilização da classe trabalhadora, tá? Vai ser um ano de muita luta e a gente espera contar com todos e com todas nessa frente de luta pra reafirmar a nossa importância né? Dentro da universidade e dentro da sociedade, certo?

Um abraço a todas e todos e estou sempre a disposição pra gente discutir assuntos que são caros à nossa categoria. Um abraço.

 

(Raissa) E esse foi o Fala SINTET-UFU dessa semana. Você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

3 de janeiro de 2023