Fala SINTET-UFU | 05 de junho de 2024 | Atualizações sobre a greve dos TAEs

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 05 de junho de 2024

(Raissa) Olá, companheiras e companheiros, aqui é Raissa Dantas e nesse Fala SINTET-UFU a gente conversa sobre a greve dos técnicos. Sintonize suas lutas.

Já são quase 90 dias da greve das trabalhadoras e trabalhadores da educação federal. O SINTET-UFU, que constrói o movimento paredista desde seu início, tem acompanhado todas as movimentações e negociações nos âmbitos local e federal, por meio do seu Comando de Greve. Nessa semana, as mobilizações ocuparam mais espaço nas ruas da UFU e de Uberlândia, com atividades voltadas para o diálogo com a comunidade e pra a exposição da greve para a sociedade.

E pra conversar com a gente sobre a greve dos técnicos, convidamos Mário Júnior, coordenador da Fasubra, do SINTET-UFU e membro do Comando Local de Greve. 

Mário, seja bem-vindo.

(Mário) Olá, ouvintes do Fala SINTET-UFU. Aqui é o Mário Júnior, da coordenação de saúde aos hospitais universitários da Fasubra. E hoje o tema é a nossa greve, a greve do SINTET-UFU, a greve da Fasubra, que está próximo de completar 90 dias de duração. A nossa greve, a greve que pleiteia a restauração do PCC-TAE, a restauração da nossa carreira, a restauração da carreira das trabalhadoras e trabalhadores técnicos e administrativos, educação das universidades públicas federais, dos estudos federais de ensino superior. É uma greve muito importante porque apresenta para a sociedade, para o governo federal, dados que demonstram que, em virtude da nossa carreira, se. Tem a menor remuneração do poder executivo, nós temos hoje uma alta rotatividade na ocupação dos cargos nas universidades, nos institutos federais. Os estudos apontam que mais de 70% de quem toma posse num cargo público na nossa carreira, tanto na universidade pública quanto no Instituto Federal, pede remuneração em menos de um ano de permanência na instituição em virtude da baixa remuneração, que é incompatível com a alta qualificação da nossa categoria. A nossa greve tem demonstrado para o governo que a restituração é importante e necessária para que as pessoas possam se interessar em permanecer na universidade ao longo de sua vida laboral, ofertando assim. Um serviço público de melhor qualidade, contribuindo de forma mais qualitativa com a gestão, com o ensino, com a pesquisa e com a extensão.

E nesse sentido, a nossa proposta apresentada ao governo no início da greve demandava um orçamento de, em média, de 8 bilhões de reais. Com quase 90 dias de greve, o governo apresenta um orçamento apenas de 3,2 bilhões nas propostas apresentadas na mesa de negociação, o que causa o problema de não reestruturar da forma necessária a carreira, conforme nós já apontamos, e é um recurso que prejudica, afeta diretamente os aposentados, aposentadas e pensionistas da nossa categoria, porque a proposta do governo não contempla sequer o reajuste da inflação para 2024. Então, nesse momento difícil da nossa greve, que persiste, que está de pé, nós estamos apresentando. Apresentando ao governo a hipótese, a necessidade de desconsiderar o arcabouço fiscal que não contribui para a construção de uma sociedade democrática, de uma sociedade mais justa, e que ele possa contribuir nesse processo atendendo as reivindicações das greves que estão sendo construídas hoje na educação federal, para que a gente possa fortalecer o ensino federal, a gestão, o ensino, a pesquisa, a extensão, e nesse sentido eu convido todas e todos a acompanharem os boletins do Comando Local de Greve do SINTET-UFU para que participem das próximas atividades do Comando Local de Greve, para que a gente possa ter um desfecho positivo dessa nossa importante luta. Em defesa das universidades, em defesa dos estudos federais de ensino, em defesa do serviço público com qualidade. Um abraço e até a próxima.

(Raissa) Esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

4 de junho de 2024