PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 20 de março de 2024

(Raissa) Olá, companheiras e companheiros, aqui é Raissa Dantas e nesse Fala SINTET-UFU a gente conversa sobre a greve dos técnicos da UFU. Sintonize suas lutas. 

A categoria de técnico-administrativos em educação da UFU está em greve desde a última segunda-feira, dia 18 de março, depois de aderir ao chamado da Fasubra para a luta por reajuste salarial, pela recomposição das perdas salariais acumuladas nos últimos 8 anos, pela reestruturação da carreira do PCCTAE e, ainda, em defesa das Instituições Federais de Ensino Superior.

Num feito histórico, a greve iniciou com a mobilização e presença de mais de 100 técnicos na primeira atividade de greve, que foi a composição do Comando Local de Greve. 

Para falar um pouco mais sobre a greve com nossos ouvintes, convidamos Jaciara Boldrini França, que é técnica no Instituto de Química, advogada e faz parte do Comando Local de greve.

Seja bem vinda, Jaciara. 

(Jaciara) Olá pessoal, tudo bem? Nessa segunda-feira, dia 18 de março, a Universidade Federal de Berlândia aderiu ao Movimento Grevista Nacional, deflagrado pela Fasubra, em 9 de março. Essa adesão foi aprovada em assembleia por maioria absoluta dos participantes. Assim, os técnicos administrativos em educação pararam as suas atividades em luta por uma reestruturação da carreira e pela recomposição salarial enquanto eixos principais da greve. A perspectiva nacional é de adesão de cerca de 64 universidades até o momento. Só aqui na nossa universidade contamos com cerca de 80% de adesão, tanto das unidades acadêmicas, administrativas e saúde, com a manutenção apenas das atividades essenciais e emergenciais.

Hoje sabemos que os técnicos administrativos são os responsáveis pela funcionalidade da universidade, executando um trabalho de fundamental importância para o ensino, pesquisa e extensão. Ainda temos as atividades nos hospitais de clínicas, hospitais odontológicos, enquanto médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, técnicos de laboratório, dentre outros profissionais que trabalham em escalas exaustivas voltados ao cuidado do paciente. Lutamos assim pelo reconhecimento da nossa carreira, através de uma reestruturação que diminua, por exemplo, a evasão, tornando mais atrativa para quem ingressa nesse serviço, sem dizer do reajuste salarial, já que tivemos uma perda nos últimos anos de mais de 50% da nossa capacidade econômica.

Esse movimento grevista nacional é legítimo. Pautado na ilegalidade do Poder Executivo, uma vez que o artigo 37 inciso 10 da Constituição Federal da República determina a recomposição inflacionária anual e o governo até o momento manifestou que não haveria nenhuma previsão orçamentária de reajuste salarial. Aqui na UFo instauramos comando local de greve, que tem ponto fixo no centro de convivência do Campo Santa Mônica, funcionando enquanto apoio aos técnicos das 9 horas às 17 horas, de segunda a sexta. O comando local de greve instituiu também comissões de apoio e ação, atuando junto à direção e administração superior nas demandas dos. Essa luta.

Todos os técnicos administrativos podem aderir à greve, independente, por exemplo, de estar em estágio probatório. Ainda, chamamos toda a comunidade a apoiar a nossa greve. Sabemos que não é fácil este momento, porém a luta é necessária para que possamos caminhar rumo à conquista dos nossos direitos.

(Raissa) Esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

19 de março de 2024