Fala SINTET-UFU | A juventude na luta sindical | 12 de abril de 2023

PROGRAMA FM UNIVERSITÁRIA – 12 de abril de 2023

 

(Lorena) Olá, companheiras e companheiros ouvintes da Universitária FM, eu sou Lorena Martins e está no ar o FALA SINTET-UFU.

Iniciamos o programa de hoje com uma pergunta: você sabe qual é o papel de um Sindicato? Entendemos que, ao longo da história, o movimento sindical construiu uma trajetória de luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Mas e na atual conjuntura? Quais são os objetivos de luta da juventude sindical?

Nessa edição do FALA SINTET a gente conversa sobre a participação juventude no movimento sindical, com o Lucas Pires, que é servidor na UFU, nosso coordenador de Comunicação aqui no SINTET e também estudante de psicologia. Lucas, seja bem-vindo.

 

(Lucas) Afinal de contas, Lorena, o que faz o sindicato efetivamente? Isso do papel do sindicato às vezes parece que ficou um pouco distante, como algo que o tio, o pai ou o avô fazia e pra relembrarmos qual que é o papel, vale a gente lembrar a história do sindicato, da organização dos trabalhadores, a conquista de direitos. Nós temos aí o 1º de maio se aproximando, que relembra a conquista da nossa redução de jornadas de trabalho, uma jornada que superava muitas vezes 16h por dia, pra uma redução de 8h, vários outros direitos como férias remuneradas, o décimo terceiro, temos aí as greves na ditadura organizada pelos sindicatos como uma forma de resistência da população e dos trabalhadores diante do Estado opressor e também as greves do ABC Paulista na década de 1980, que contribuíram pra derrubar o regime militar no Brasil.

De fato a gente se vê num distanciamento das lideranças sindicais em suas próprias bases principalmente no governo Lula, no governo PT, porque eles acabaram indo à composição do governo pra ajudar e colaborar na construção né? Junto ao Governo Federal. E a gente vê esse enfraquecimento das organizações sindicais então ali no governo Temer, no governo Bolsonaro, quando a gente teve muitas perdas de direitos trabalhistas e tivemos muita dificuldade de nos organizar e resistir, isso tudo de modo que a retirada desses direitos fossem impedidos. A gente vê agora neste governo de frente ampla com o presidente Lula, uma ampliação no diálogo com as bases sindicais. E um pedido do próprio presidente Lula de que a gente cobre mesmo o governo pra que a gente possa avançar nos nossos direitos. Aí vem o papel dos sindicatos, da união dos trabalhadores, de dialogar, de se organizar pra pressionar o governo e fazer com que a gente avance nas nossas pautas. E não só diante do Estado, mas nossa, a nossa organização também, a nossa rotina, nos nossos setores de trabalho, nos nossos empresas, enfim, pra que a gente possa resistir nos assédios, as opressões dos nossos patrões, dos nossos sexos, aqueles que nós respondemos enquanto trabalhadores.

Vale a pena pontuar também, Lorena, como que nós avançamos, principalmente a minha geração, pode experimentar muito disso, né? Eu que tenho 32 anos, sou da vida da década de 1990 e quem veio de lá pra cá, o aprofundamento nos debate a respeito dos recortes sociais e nas pautas LGBT, racial, no feminismo e aí a gente entende então o que que é o racismo, patriarcado, no constituinte do capital e como elementos de opressão da classe trabalhadora? E nós precisamos então fazer uma síntese desses acúmulos né? Nós enquanto juventude que participamos desses debates por aí, desses nossos tipos de amizades na internet, dentro da universidade, junto também com os trabalhadores que construíram o movimento sindical e tem toda essa história escrita. Nós precisamos nos unir, nós precisamos juntar as nossas porque nós só vamos conseguir avançar nos nossos direitos com a união e a organização da classe trabalhadora.

 

(Lorena) Lucas, muito obrigada pela participação! E esse foi o FALA SINTET-UFU dessa semana! Você pode conferir mais informações em nosso site e em nossas redes sociais. Ótima semana a todas e todos e até o próximo programa!

 

11 de abril de 2023