Home » Notícias » Mundo »

A importância de avaliarmos a conjuntura da Colômbia e dos demais países da América Latina

Vivemos uma ofensiva conservadora no Brasil e nos demais países da América Latina. Países como o Brasil, Paraguai e Honduras sofreram nesses últimos anos, golpes institucionais que derrubaram governos eleitos legitimamente com o voto popular, e colocaram no poder governos ilegítimos para impor uma agenda política econômica que retira direitos sociais da classe trabalhadora, agenda essa derrotada nas urnas!

A grande mídia em nosso país, comprometida com os interesses políticos da classe dominante e dos interesses alheios à soberania nacional, apresenta para a população brasileira dados seletivos sobre a política nos países vizinhos. Considerando que analisar o desenvolvimento político dos países vizinhos é uma ação de extrema importância para avaliarmos as futuras variáveis da conjuntura política brasileira, e por isso publicamos aqui um texto elaborado pela discente Juliana Diaz Quintero, mestranda em filosofia na Universidade Federal de Uberlândia, tratando da conjuntura colombiana e o último acordo de paz que foi construído entre o Governo colombiano e as FARC-EP. Juliana é colombiana, de Barranquilla e da Universidad de Atlantico, e nesse momento participa de um intercâmbio aqui em nossa Unviversidade.

Assim, disponibilizamos a seguir um brevíssimo histórico sobre história política da Colômbia nos últimos 70 anos, bem como o link com o texto da Juliana Diaz Quintero, na qual convidamos todas Técnicas e todos Técnicos Administrativos em Educação para a leitura.

Brevíssimo Histórico

Desde 1948, a população colombiana convive com um conflito político, A radicalização política das classes populares permitiu o surgimento de grupos e organizações de autodefesa camponesa. Em 1964, 16 mil soldados do exército colombiano ocuparam a região de Marquetalia, bastião das milícias camponesas. Diante da forte repressão, um grupo de camponeses, liderados pelo histórico líder, Manuel Marulanda Velez (1930-2008) constituíram as Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia em 1966. A partir da 7ª Conferência Nacional Guerrilheira, realizada em 1982, as FARC aprovaram a estratégia militar de tomada do poder. A organização passou a se chamar FARC-Exercito do Povo (FARC-EP), exercendo influência política e militar em todo o território nacional, contando com a participação de aproximadamente 20 mil guerrilheiros.

Em 1984 iniciam as conversações para um acordo de paz entre as FARC-EP e o governo de Belisario Betancur. Permitiu-se que as FARC-EP permanecessem nos territórios sem ser atacadas pelo exército, em contrapartida a guerrilha se comprometeu a suspender os sequestros.

Em 1985, com um novo acordo, as FARC constituíram um partido político, a União Patriótica (UP), que se transformou na terceira força política do país; apresentando candidatos à presidência da Colômbia em 1986 e 1990, sendo que ambos foram assassinados durante o processo eleitoral; e aproximadamente 6 mil militantes da União Patriótica foram assassinados entre 1986 e 1997.

A ofensiva militar do governo colombiano de 2008 a 2011 assassinaram os principais dirigentes das FARC-EP, enfraquecendo a organização.

 

(Clique na imagem para acessar o texto completo de Juliana Diaz Quintero)

31 de julho de 2018