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Hospitais Universitários continuam vítimas da falta de recursos e da precarização

Durante o mês de outubro, novamente os hospitais universitários foram manchetes de jornais pelo país, que mostravam a situação precária em que os mesmos se encontram, com leitos sendo fechados, cancelamento de cirurgias, redução nos atendimentos, falta de medicamentos, materiais e equipamentos, demissões, tanto em hospitais que aderiram à EBSERH quanto naqueles que não aderiram.

 

As notícias publicadas enfatizam que os cortes de verbas do governo federal na área da saúde provocaram tal situação. Hospitais como o Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (UFF) e  Gaffrée e  Guinle, vinculados à UNIRIO, anunciaram a suspensão de diversos serviços essenciais à população. Problemas semelhantes ocorrem no HU João de Barros Barreto, na Universidade Federal do Pará (UFPA), onde já foram desativados leitos, dentre os quais oito no DIP, serviço exclusivo dos HUs, em que foram demitidos médicos e enfermeiros fundacionais e seguranças terceirizados. Além disso, faltam materiais e equipamentos para atendimentos aos pacientes.

 

Tal situação, que se agravou nos últimos anos, pode ser considerada criminosa, de total responsabilidade do poder público, que força a população que necessita da assistência pública à saúde, por meio do SUS, a ficar sem esse atendimento, em completo abandono. Além disso, essa situação reproduz a velha lógica do neoliberalismo, de desmoralizar e desmontar o serviço público de qualidade para convencer a sociedade de que a privatização é necessária e é a única saída. Esta nova sequência de ataques aos hospitais públicos e aos universitários, em especial, tem trazido indignação aos trabalhadores, aos estudantes e à sociedade em geral.

 

Diante da importância dessas instituições hospitalares para o povo brasileiro, é inadmissível que se use a desculpa de crise econômica para justificar a falta de recursos orçamentários, que consequentemente leva à falta de pessoal, de equipamentos e de materiais. Especialmente quando se percebe que o grande capital financeiro nacional e internacional continua sendo remunerado, bem como a corrupção continua a sangrar os cofres públicos, demonstrando que a tese de falta de recursos pode ser facilmente contestada.

 

Aqueles/as que sempre estiveram à frente da luta contra o desmonte e a privatização dos hospitais públicos, principalmente dos hospitais universitários, novamente vêm à público denunciar os cortes de recursos na educação e na saúde e mais uma vez ser contra o fechamento de leitos, a suspensão de serviços e a demissão de trabalhadores dos hospitais.

 

E é por isto também que, mais uma vez, a FASUBRA integra a luta das comunidades universitárias em defesa deste importante patrimônio da sociedade contra qualquer tipo de ataque aos hospitais.

 

Assim, convocamos os trabalhadores dos HU’s para participarem do Seminário Nacional da FASUBRA, nos dias 5 e 6 de dezembro, oportunidade em que será debatida a situação dos HU´s, suas perspectivas e os rumos de nossas lutas.

 

DIREÇÃO NACIONAL DA FASUBRA SINDICAL

26 de novembro de 2015