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Obesidade e câncer de mama

Índice-de-massa-corporal

Foto: site minha melhor forma

Nayane Dominique

Sabe-se que manter uma dieta equilibrada e praticar exercícios físicos é essencial para uma boa qualidade de vida. Além disso, segundo os médicos manter bons hábitos é também uma forma de prevenção contra o câncer de mama. Ao ter esses cuidados básicos, a mulher pode reduzir em até 28% as chances de desenvolver o câncer de mama.Estudos recentes mostram a relação da obesidade com o câncer de mama.

O Doutor Drauzio Varella explica melhor esta relação:

Ao contrário do que pensávamos no passado, o tecido adiposo não é um simples depósito de células capazes de armazenar gordura para mobilizá-la nas épocas de vacas magras. Hoje sabemos que ele é formado por diversos tipos celulares (adipócitos, pré-adipócitos, macrófagos, fibroblastos e células endoteliais) dotados da propriedade de produzir tantos hormônios e mediadores químicos, que muitos o consideram a segunda glândula mais importante do organismo (a primeira é a hipófise).

Um dos principais hormônios produzidos pelo tecido gorduroso é o estrógeno. Como a obesidade que se instala na menopausa contribui para a produção excessiva desse hormônio numa fase da vida em que seus níveis deveriam estar em queda por causa da falência da função ovariana, os tecidos sensíveis à ação estrogênica ficam mais expostos aos estímulos que provocam multiplicação celular.

Por outro lado, a obesidade está associada a um processo inflamatório subclínico instalado no interior do tecido gorduroso. O estado inflamatório crônico resultante contribui para o aparecimento de resistência à insulina e para a proliferação e progressão de células malignas. Moléculas pró-inflamatórias produzidas nos acúmulos de tecido adiposo, inclusive naqueles localizados na própria mama, criam um meio fértil para a multiplicação celular.

Além desses fatores que atuam na resposta inflamatória, os adipócitos secretam moléculas conhecidas como adipocinas, entre as quais a leptina e a adiponectina, que estão ligadas ao controle dos mecanismos de fome e saciedade. Na circulação sanguínea de pessoas obesas, os níveis de leptina estão mais elevados e os de adiponectina mais baixos, perfil bioquímico que favorece a formação de metástases e a progressão da doença.

E lembre-se além de manter uma alimentação saudável e fazer atividades físicas é preciso ter acompanhamento médico e fazer o exame de mama periodicamente.

A prevenção ainda é o melhor remédio!

Informações: site Dr Drauzio Varella

 

 

 

5 de outubro de 2015