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SINTET-UFU na luta contra todos os GOLPES em curso no Brasil:

Contra o Golpe promovido por setores do poder judiciário, do empresariado e da grande mídia e Contra o Golpe do Governo Dilma contra os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras!

imagem3Nos últimos dias presenciamos um agravamento na crise política em nosso país. A delação realizada por Delcídio do Amaral (Senador do PT, que já foi filiado ao PSDB) e os documentos e planilhas da Construtora Odebrecht apreendidas na residência do presidente dessa empresa pela Operação Lava Jato, que listam mais de 200 políticos de 18 partidos, demonstraram na prática que os dois blocos políticos que disputam o poder no Brasil estão envolvidos com o processo de corrupção. Está nítido que politicamente, nem o campo político liderado nos últimos 13 anos pelo PT-PMDB e nem o campo liderado pelo PSDB-Democratas representam de fato os interesses das classes trabalhadoras.

Como é de se esperar, os grandes meios de comunicação do país divulgam de forma seletiva as recentes denúncias de corrupção que surgiram nos últimos períodos, abafando as denúncias de envolvimento de Aécio Neves (PSDB), Renan Calheiros (PMDB) e Eduardo Cunha (PMDB) nesses e em outros processos de corrupção; e divulgando amplamente as denúncias que são direcionadas ao PT. Essa seletividade travestida de “imparcialidade” tem raízes em interesses econômicos e políticos dos grandes meios de comunicação que constituem a elite dominante brasileira.Globo 02

A crise ganhou contornos mais graves no último dia 16 de março de 2016, quando uma ação articulada pela Federação dos Industriais do Estado de São Paulo (FIESP), a Rede Globo, setores do Poder Judiciário e da Polícia Federal, e políticos do campo da direita tradicional; levou milhares de pessoas às ruas após as 21 horas; após a Rede Globo dedicar meia hora do Jornal Nacional para tratar do conteúdo da conversa entre a Presidenta Dilma e o Ex-Presidente Lula (obtida e utilizada de forma ilegal pelo Juiz Sérgio Moro).

É importante destacar, que esse desrespeito com a Constituição Federal e o Estado Democrático de Direito que tem como alvo a Presidenta Dilma e o Ex-Presidente Lula, é apenas uma franja dentro do histórico recente de nossa sociedade em que desde 1988, a população que vive nas regiões periféricas são alijadas das garantias do Estado Democrático de Direito, não tendo garantido (como previsto pela constituição federal) o acesso a saúde, educação, saneamento básico, cultura; ou lembrarmos que esse setor (em especial a população negra) é cotidianamente assassinada pela Polícia Militar; ou mesmo não nos esquecermos dos mais de 600 mil presos, que segundo o Infopen, 40% são presos provisórios que estão encarcerados sem o devido e justo julgamento pela justiça.

Não temos dúvida de que esse setor que quer derrubar o Governo Dilma (PT), tem interesses de assumir o poder para impor uma agenda política mais conservadora contra os trabalhadores e trabalhadoras, visando retirar mais direitos das classes trabalhadoras para ampliar os lucros das grandes empresas, indústrias e banqueiros.

Portanto, NÃO APOIAMOS E NÃO DEPOSITAMOS NENHUMA CONFIANÇA nesse movimento conservador com traços fascistas que clama pelo impeachment de Dilma Rousseff; pois a alternativa política apresentada por esse movimento não contempla nossos interesses.

FALÊNCIA DO PT e de seus GOVERNOS

imagem4Embora a constatação da realidade de que o Partido dos Trabalhadores (PT) e seus governos já não atendem os anseios e os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, seja dura e difícil, não temos outra alternativa a não ser o de entender que esses projetos estão falidos e que é necessário constituir um novo campo político, uma nova Frente de Esquerda composta pelas classes trabalhadoras, que seja capaz de defender e lutar pelos nossos direitos e interesses, e por uma sociedade justa e igualitária.

Nesse sentido, temos a dura tarefa de também lutar contra os sucessivos golpes promovidos pelo Governo Dilma (PT)! Temos que lutar contra a Lei Antiterrorismo 13260/2016 sancionada pela Presidenta Dilma que permite o poder judiciário classificar militantes do movimento sindical e popular como TERRORISTAS. Temos que lutar contra o Ajuste Fiscal que retira investimentos nas áreas sociais, contra a proposta de Reforma da Previdência que prevê o aumento da idade para se aposentar, contra a Reforma Fiscal que penaliza os trabalhadores e as trabalhadoras do Serviço Público Federal e a qualidade desses serviços que são oferecidos para a população, contra o injusto e ilegal pagamentos dos serviços e juros da dívida pública que consomem quase 50% do orçamento geral da união e contra tantos outros ataques aos nossos direitos e condições de vida!

Estamos nas ruas lutando contra todos os golpes, seja o golpe promovido por setores do poder judiciário, do empresariado e da grande mídia; seja o Golpe do Governo Dilma (PT) contra os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras! Para construir esse processo, convidamos todos e todas para participarem da reunião convocada pelo Espaço Unidade e Ação, nesse próximo dia 28 de março, às 17h30min no Saguão do Bloco 5O – Campus Santa Mônica da Universidade Federal de Uberlândia.

COORDENAÇÃO COLEGIADA DO SINTET-UFU

24 de março de 2016