28 de junho – Dia do Orgulho LGBT+

 

Onde não estão os LGBT+s na Universidade?

Quando nos perguntamos onde estão os LGBT+s na universidade, a resposta talvez pareça ser fácil uma vez que vemos trabalhadores da comunidade ocupando cargos administrativos ou lecionando. Todavia, quando nos atentamos a LGBT+s cuja existência na sigla é invisibilizada ou inexistente, também não conseguimos enxerga-los ocupando tais espaços. Transsexuais, travestis, bixas pretas… Porque não os vemos tão comumente – ou não os vemos – em cargos de gestão e nem mesmo em cargos administrativos ou exercendo docência. Aprofundando esse olhar, percebemos que uma realidade machista e racista que oprime de modo específico e plural certos grupos LGBT+s, ainda os impedem sistematicamente de ocuparem esses espaços na academia. Qual a nossa responsabilidade, como agentes ativos dentro da Universidade, na exclusão desses grupos? O Dia do Orgulho LGBT+ nos traz à memória a história política e de luta do movimento. Nos recorda que ele precisa estar ativo e em ação para que esses espaços sejam garantidos para aqueles que ainda não tem voz e vez na sociedade. LGBT+s ou não, como técnicos-administrativos ou ainda como docentes e discentes, temos uma responsabilidade para que sejam abertos espaços a esses grupos e que a permanência deles para construção da história da nossa Universidade seja garantida. O SINTET-UFU acredita nisso. O 28 de junho é dia também de recordar a luta dos trabalhadores LGBT+s e de provocar reflexões e ações para criar caminhos onde toda a comunidade, em sua pluralidade, lute junto conosco.

 

Texto por: Lucas Pires
Coordenação Colegiada SINTET-UFU
Pasta de Políticas Sociais e Antirracistas

26 de junho de 2020