Aprovadas cotas raciais e para deficientes na pós-graduação na UFU: vitória dos movimentos negro, indígena e de deficientes

O dia 19 de julho entra para a história da UFU como o dia em que as cotas raciais (pretos, pardos e indígenas) e para deficientes foi aprovada para a pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). A partir de agora, 20% das vagas dos cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) serão reservadas para negros, pardos e indígenas e 5% para deficientes físicos. Este percentual se incide também sobre as linhas de concentração e de pesquisa nos processos seletivos.

Além disso, a resolução aprovada institui comissões de acompanhamento junto aos Programas de Pós-graduação que terão um papel de verificar o cumprimento da adoção das cotas nos processos seletivos, homologar as inscrições dos candidatos a cotistas e acompanhar as necessidades dos cotistas ao longo do curso.

A aprovação desta medida vem no contexto em que políticas afirmativas foram aprovadas recentemente, como para os cursos de graduação da Unicamp e da USP. Em que pese também a aprovação relativamente tardia em relação ao disposto na legislação pertinente, que indicava a conclusão dos trabalhos nas Universidades para o ano passado.

Destacamos os trabalhos da Comissão que elaborou a proposta de Resolução, que contou com a participação de uma representante do SINTET (a Coordenadora Maria Cristina Sagário), da relatora da matéria e do Conselho de Pesquisa e Pós-graduação.

E, finalmente, saudamos os movimentos negros, indígenas e deficientes de Uberlândia pela vitória, em especial ao NEAB-UFU e aos estudantes do Programa de Pós-graduação em História pelo protagonismo, sem o qual nada disso seria possível. Esta medida representa mais um passo em direção a uma sociedade igualitária e com justiça social que todos nós defendemos.

 

21 de julho de 2017