Assembleia Ato debate a terceirização dos hospitais públicos

 

A assembleia de greve, realizada no dia 17 de junho, em frente ao Hospital de Clínicas de Uberlândia (HCU), contou com a presença de 125 servidores. A assembleia fez parte da programação do Dia Nacional de Luta pelos Hospitais Universitários, contra EBSERH e Terceirização. Atividade integrante do calendário nacional de greve da FASUBRA.

 

Informes Locais

Silnando Silvério falou que os docentes da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) estão mobilizados, a fim de apoiar as inúmeras entidades que estão paralisadas nacionalmente. E quanto aos técnicos, Silnando declarou “vamos fazer a nossa greve, a greve dos técnicos, rumo a construção da educação”.

Encaminhado ao ministro um oficio feito pelo deputado Wellington Prado, cobrando uma solução à greve dos técnicos administrativos.

 

Informes Nacionais

Um ponto de discussão foi a regra da aposentadoria. Paulo Henrique, informou à assembleia que a defesa das Centrais Sindicais é a aprovação da lei “85 / 95” (fator previdenciário). Segundo ele, se a presidenta da república vetar a nova lei, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) incentivará caravanas para que os trabalhadores pressionem o congresso nacional, fazendo com que este, derrube o veto de Dilma.

 

Debate

A discussão abordou ainda a estrutura da saúde na cidade e que com a terceirização dos serviços de saúde no Hospital de Clínicas (UFU), por meio da implantação da EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), não trará mais dinheiro ao hospital, mas sim prejuízos.

Na oportunidade, Silnando Silvério disse que cerca de 40 municípios mandam seus pacientes para atendimento no HCU. E lembrou que na audiência pública sobre o hospital realizada na câmara municipal de Uberlândia, no dia 29 de maio, foi informado pela diretoria que caso o hospital não receba verbas, corre o risco de fechar as suas portas.

No debate a respeito da EBSERH, Robson Luiz, membro do Comando Local de Greve, evidenciou que a instalação de empresas dentro dos hospitais públicos, pode deteriorar as reinvindicações dos trabalhadores e exposição de problemas, como a falta de materiais para trabalho, com receio de serem demitidos.

Outro membro do CLG, Wilson Batista expôs que a empresa é pública e não privada, pois está ligada ao tesouro nacional, no entanto, é uma terceirização dentro do serviço público e que, esta traz consigo, a precarização do trabalho.

Robson Luiz afirmou ainda que na constituição da EBSERH, há clausulas de mercado, como “produção” e busca de recursos no mercado, que segundo ele “nada mais é do que privatização”.

 

Abraçando o Hospital

Ao fim da assembleia, todos os técnicos que estiveram presentes, deram as mãos em um ato simbólico de abraço ao hospital, dizendo palavras de ordem em defesa da saúde pública de qualidade.

 

Encaminhamentos

A próxima Assembleia de greve acontece no dia 22 de junho, segunda-feira, em frente à reitoria da Universidade Federal de Uberlândia, às 14 horas.

 

 

Texto: Kennedy Costa

Edição: Nayane Dominique

 

18 de junho de 2015