Assembleia discute corte das funções gratificadas

Por Guilherme Gonçalves

Foi realizada na tarde dessa segunda-feira, 22, Assembleia Geral das Técnicas e Técnicos-Administrativos em Educação (TAE’s) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Dessa vez, o evento foi realizado no saguão de entrada da Reitoria e foi coordenada por Mário Guimarães Júnior, com Carlos Monteiro como relator. A pauta aprovada foi: informes, corte de 433 funções gratificadas na UFU, flexibilização da jornada de trabalho e encaminhamentos.

No primeiro ponto foi informada a participação do SINTET-UFU na Frente Regional Contra a Reforma da Previdência. Foram repassadas também a organização de abaixo-assinado contra a reforma e coleta de assinaturas no Terminal Central de Uberlândia nos dias 29 e 30 de abril. Os presentes também foram convidados para a cerimônia inter religiosa no dia primeiro de maio.

Foto: Guilherme Gonçalves

Antes da discussão sobre os cortes nas funções gratificadas (FG’s), o assessor de política sindical do SINTET-UFU, Alexandre Igrecias, apresentou o decreto que instituiu o corte nas FG’s. Foram apresentados os impactos reais no orçamento da universidade. Tais cortes nas gratificações de TAE’s representam pouca economia no caixa da universidade. Para as trabalhadoras e trabalhadores a tendência é que o assédio moral aumente e representa ainda o sucateamento dos serviços públicos.

As análises sobre o corte das funções gratificadas foram baseadas nos impactos que eles trazem para a vida das trabalhadoras e trabalhadores. Não apenas nos vencimentos de cada um, mas também nas questões de responsabilidade, uma vez que tais gratificações são uma compensação pela responsabilidade que os cargos trazem. Também foi questionado o que muda na função desempenhada por todas e todos sem as gratificações, já que as FG’s são adicionais para o desempenho de determinadas atividades complementares.

Em seguida, foi feito o debate sobre a flexibilização da jornada de trabalho em 30 horas. Ponto esse iniciado com informe de Jaciara Boldrini, presidenta da Comissão de Jornada de Trabalho (CJT) da universidade, sobre a reunião realizada na última semana entre representantes da CJT, SINTET-UFU e administração da UFU. As análises sobre o tema foram pautadas nas dificuldades impostas pela Reitoria e pela direção do Hospital de Clínicas para a implementação das 30 horas.

Para finalizar a assembleia, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:

– Assembleia no dia 2 de maio para análise de conjuntura e discussão sobre a paralisação no dia 15 de maio.

– Construção de central de denúncias de práticas de assédio moral na universidade.

– Questionar a administração da UFU sobre o corte das funções gratificadas.

– Sugerir a FASUBRA que faça um seminário nacional sobre o corte das FG’s.

– Constituição de comissão de estudos para discussão dos cortes das funções gratificadas.

22 de abril de 2019