Representantes de entidades e instituições saudaram as participantes e os participantes do seminário durante mesa de abertura. (Imagem: Guilherme Gonçalves)
Começou na manhã dessa quarta-feira, 9, a oitava edição do Seminário Nacional dos Motoristas Oficiais das IFES, CEFETS e IPES promovido pela Comissão Nacional dos Motoristas Oficiais e organizado pelo SINTET-UFU. A mesa de abertura foi composta por representantes das mais diversas entidades e instituições.
Representando o reitor da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), esteve presente o vice-reitor Orlando César Mantese. Representando a FASUBRA, Mário Guimarães Júnior. O SINTET-UFU foi representado por sua coordenadora-geral Celeste Francisca da Silva. Compuseram a mesa ainda Flávio Martins de Freitas, Diretor de Logística da UFU; João Jorge Damasceno, Prefeito Universitário; Waldir de Paula Martins, motorista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Aguinaldo Martins Ferreira, motorista da UFU.
Da esquerda para a direita: Robson Luiz Carneiro, Everton Santos Silva e Mário Guimarães Júnior. (Imagem: Guilherme Gonçalves)
A primeira mesa de discussão foi Análise de Conjuntura: desafios políticos frente aos ataques aos direitos. A mediação foi de Everton Santos Silva, representante da Comissão Nacional dos Motoristas, e motorista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Os debatedores foram Mário Guimarães Júnior, da FAUSBRA e Robson Luiz Carneiro, do SINTET-UFU.
O primeiro a fazer suas ponderações foi Mário Guimarães Júnior que fez uma análise de conjuntura focada nos ataques promovidos pelo governo golpista de Michel Temer. “Hoje os orçamentos das universidades estão sendo cortados e isso refletirá também no funcionalismo, afetando consequentemente os motoristas”, disse o coordenador da FASUBRA.
Guimarães continuou dizendo que “a reforma trabalhista também atinge o funcionalismo público, podendo acabar com a estabilidade do trabalhador e trabalhadora. Existem grandes modificações pretendidas para que seja feita reestruturações estatais”, afirmou. Para finalizar, ele fez ainda um prognóstico futuro da conjuntura brasileira. “Esse próximo semestre é muito importante para nós, por que o governo fará de tudo pra avançar nas reformas pretendidas. E uma coisa é fato, o que vier, será pesado para a trabalhadora e trabalhador”, completou.
Em seguida foi à vez de Robson Luiz Carneiro falar sobre a conjuntura. “É impossível uma conciliação entre a força de trabalho e o capital, pois o capital quer o que temos de mais precioso que é conhecimento, experiência e tempo, por isso quer aprovar reformas que nos coloquem em suas mãos”, disse o coordenador do SINTET-UFU.
Carneiro também fez projeções da luta que a classe trabalhadora terá que travar de agora em diante. “Não adianta pensarmos que nas eleições de 2018 podemos fazer algo para mudar os rumos que o país está tomando agora. É preciso lutar agora, é preciso barrar essas reformas agora. Precisamos pensar como trabalhadores e não como elite”, finalizou.
Após as ponderações dos debatedores foi aberta a fala para todas e todos os presentes. O seminário continua na parte da tarde com a mesa “A carreira dos motoristas, a legislação e o movimento sindical”.
9 de agosto de 2017
