De punhos fechados nos encontramos na Luta em 1 de Janeiro de 2023

 

No dia 1 de Janeiro de 2023, o Brasil vivenciará um momento importante que é a saída de um governo negacionista, com traços fascistas, que massacrou o povo brasileiro nos últimos 4 anos. Será o dia de fazer valer o resultado das eleições de 2022, que derrotou eleitoralmente esse setor que assaltou o Estado Brasileiro (e recentemente o caixa das Universidades Públicas no Brasil), e não quer aceitar o resultado das urnas, estando há dias se manifestando publicamente nas ruas de todos os Estados brasileiros.

Tudo indica que o Lula será empossado dia 1 de Janeiro de 2023. Mas não podemos garantir que o processo será tranquilo como sempre foi desde fim da ditadura empresarial – militar com a promulgação da constituição federal de 1988. Nessa conjuntura que vivemos, ainda desfavorável para a construção de uma sociedade socialmente e qualitativamente democrática, cabe a nós, que somos parte da construção das lutas populares e sociais, ocupar as ruas de todo o país e diminuir o espaço que a extrema direita, conservadora nos costumes e liberal na economia, que por essência é autoritária, tem ocupado desde o fim do segundo turno das eleições pedindo “intervenção militar”.

É com este sentido, para ocupar um espaço que deve ser nosso (e não da extrema direita), para fazer valer o resultado das eleições de 2022, que a Assembleia Geral do SINTET-UFU aprovou no último dia 1 de dezembro de 2022, a participação de nossa entidade na posse do Presidente Lula com um ônibus para Brasília no dia 1 de Janeiro de 2023. A caravana sairá de Uberlândia as 5 horas da manhã do dia 1 de Janeiro de 2023 e retornará para Uberlândia logo após a finalização da posse!

Ao lutar pela posse do presidente Lula no dia 1 de Janeiro de 2023, nós, do SINTET-UFU, não trataremos esse evento de forma festiva, como trata o setor majoritário do movimento sindical brasileiro. Iremos para Brasília conscientes de que a partir do dia 1 de Janeiro de 2023, não viveremos no Brasil que desejamos, e que nesse novo Governo de Lula e Alckmin, ainda será hegemônica a lógica liberal, em que a estrutura governamental ainda estará subordinada à lógica do mercado que impõe teto limite para investimentos públicos para fortalecer os direitos sociais e que não existe perspectiva na agenda política do país. A necessária revogação da Reforma Trabalhista e da Lei que autoriza a terceirização ampla e irrestrita no Brasil (ambas aprovadas em 2017 pelo governo ilegítimo de Michel Temer), bem como a Reforma Previdenciária aprovada pelo Governo autoritário de Jair Bolsonaro, são desafios a serem vencidos.

Será o momento de dialogarmos com todas e todos sobre a ideia de que a nossa incondicional defesa para que Lula tome posse, não pode ser confundida com um cheque em branco frente a aliança proposta com o presidente da Câmara Federal de deputadas e deputados, Arthur Lira, que até ao final de Outubro de 2022 foi um aliado de confiança do governo autoritário de Jair Bolsonaro. Defendemos a posse de Lula para avançarmos na luta contra a extrema direita no Brasil que cresceu politicamente de forma vigorosa entre 2014 e 2022, e entendemos que essa defesa não pode ser acrítica, de modo que cabe ao movimento sindical ocupar as ruas contra as imposições do “mercado”, que não possui nenhuma sensibilidade com a miséria social que assola o Brasil. O ano de 2023 e os anos posteriores nos reservam um difícil desafio, que é o de lutar contra as políticas liberais que certamente caracterização a agenda do governo, de modo que essa nossa luta não fortaleça a extrema direita no país em 2026. Compreendemos que se o futuro governo no qual lutaremos para garantir sua posse, não enfrentar de forma nevrálgica os problemas provocados pela estratégia econômica liberal no Brasil, se não avançarmos na organização popular da sociedade civil em defesa de nossas pautas, se aqueles que cometeram crimes políticos no Brasil a frente do Governo Federal entre 2019 e 2022 não forem devidamente responsabilizados, são enormes as chances de sermos derrotados nas eleições de 2026 para a extrema direita, que poderá se fortalecer ainda mais no país nesse próximo período. É necessário fortalecermos a ideia de que a perspectiva de conciliação política com os setores do capital poderá, mais uma vez, colocar a médio prazo a classe trabalhadora brasileira submetida a uma política autoritária, e frente as condições sociais que vivemos essa não será uma tarefa fácil. Mas quem disse que transformarmos o Brasil em benefício coletivo da população trabalhadora é uma tarefa fácil? A conjuntura de 2023 será bastante difícil, mas será nas lutas que nos encontraremos, e a próxima etapa dessa luta é garantir a posse de Lula!

Pedimos para que todas as trabalhadoras e todos os trabalhadores técnicos administrativos em educação da UFU preencham o formulário digital [clique aqui] ou procurem a secretaria da nossa entidade até o dia 10 de dezembro de 2022 para se inscreverem na caravana de posse do presidente Lula.

5 de dezembro de 2022