Neto, Jéssica e Robson (respectivamente) foram eleitos representantes TAEs para os conselhos de graduação e diretor
A manhã dessa quarta-feira (02) teve início com significativa mobilização entre a categoria de técnico-administrativos em educação (TAEs) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ao lado de docentes e estudantes, iniciou-se a construção de uma greve de 48h em defesa da educação, encabeçada por diversas entidades representativas do setor. O SINTET-UFU realizou assembleia geral às 9h no anfiteatro do 8C, campus Umuarama da UFU, que pautou: informes locais e nacionais, análise de conjuntura, eleição de representantes TAEs para os conselhos de graduação e diretor e, ainda, encaminhamentos.
No primeiro ponto os presentes foram informados acerca de algumas atividades dos demais segmentos que ocorreram em paralelo com a assembleia do sindicato e também a notícia referente à possibilidade de capacitação para progressão na carreira.
Na sequencia iniciou-se a pauta de análise de conjuntura, que foi responsável por maior tempo e aprofundamento de debate entre os trabalhadores e as trabalhadoras em paralisação. Em síntese, diversas falas convergiram sobre como a realidade política brasileira é a de destruição das instituições públicas ocasionadas pelos próprios gestores e como isso incide na necessidade latente de se fortalecer as diversas instituições, especialmente as de base, como os sindicatos. Muitos inscritos no ponto reforçaram a necessidade de uma campanha de construção e filiação no SINTET-UFU como instrumento de organização, lutas e resistência da classe trabalhadora e da categoria de TAEs neste momento de ataque ao servidor público e às instituições públicas de ensino superior. Ainda no ponto foram apresentados exemplos concretos de como os cortes de verba promovidos pelo Ministério da Educação já afetam a UFU e, ainda, como a destruição das leis trabalhistas promovidas pela Reforma Trabalhista precarizam e aprofundam as desigualdades e injustiças nos setores de trabalho e na sociedade. Trabalhadoras e trabalhadores do Hospital de Clínicas (HC) da UFU levaram relatos preocupantes da chegada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) ao HC e apontaram a necessidade de se construir mudanças estatutárias durante o XXVII CONSINTET-UFU 2019 para que o sindicato esteja preparado para a nova conjuntura que se desenha e se materializará no hospital para o próximo período. Servidores do Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-sociais (CEPES) apresentaram dados sobre o painel de notícias municipais desse ano e em breve o sindicato divulgará o material na íntegra pelo site e redes sociais.
Posterior à análise de conjuntura foi iniciado o ponto de eleição de representantes TAEs para os conselhos de graduação e diretor, já que foi realizada retificação do ponto com retirada justificada da vaga para o conselho universitário previamente divulgada. Foi apresentado todo o modelo organizativo de trabalho que o sindicato adotou nos últimos um ano e sete meses que garantiram a melhor incidência e aproveitamento dos representantes da categoria nos conselhos superiores, bem como o estreitamento no vínculo destes servidores com as políticas e burocracias que organizam a universidade internamente. O modelo de eleição para representações foi apresentado de maneira detalhada, uma vez que o sindicato encaminha a escolha de conselheiros TAEs por meio de eleição em assembleia geral do sindicato e sempre para a vaga ociosa. Ressaltou-se a importância de um debate congressual sobre autonomia do segmento perante o Conselho Universitário com relação à legitimidade do sindicato na gestão dessas eleições representativas. Após toda a explicação introdutória foram apresentadas as candidaturas para as duas vagas do Conselho de Graduação (CONGRAD) e para a única vaga do Conselho Diretor (CONDIR). Por unanimidade foram eleitos Neto e Jéssica como representantes TAEs no CONGRAD e, ainda, com ampla maioria Robson Luiz Carneiro foi eleito representante para o CONDIR.
Os encaminhamentos da primeira Assembleia Geral de TAEs da greve de 48 horas foram: 1) a participação dos presentes na Assembleia que acontecerá no período da tarde, às 14h no saguão do bloco 5R-B, campus Santa Mônica da UFU; 2) a necessidade de participação da categoria na reunião com a Pró-reitoria de Gestão de Pessoas após a Assembleia e, por fim, 3) a constituição de um fórum de trabalhadores do HC, a ser formalizado após realização de mesa temática sobre a questão durante o CONSINTET 2019.
2 de outubro de 2019
