O SINTET-UFU se sensibiliza pelos professores do estado do Paraná que no dia 29 de abril foram agredidos durante uma manifestação em frente Assembleia Legislativa. Os trabalhadores proibidos de acompanhar a votação do projeto que autoriza o governo do estado a modificar o fundo de previdência dos servidores foram massacrados. Segundo o jornal Gazeta do povo, foram 213 pessoas feridas (a maioria professores) e alguns estão em estado grave. 17 policiais foram presos por recusar fazer o cerco contra os professores. Em duas horas de confronto, a polícia de maneira ostensiva desferiu tiros de bala de borracha e bombas de gás lacrimogêneo, um caminhão da tropa de choque dispersou os servidores com jatos de água.

Mesmo com a batalha travada do lado de fora, infelizmente a base do governo ignorou os protestos aprovando a lei da previdência. Foi um dos maiores confrontos da história do país entre manifestantes e a polícia, segundo o jornal Estado de São Paulo.

O SINTET-UFU em solidariedade aos professores, trabalhadores da educação que lutam por seus direitos, repudia veementemente a promoção da violência estabelecida pelo governo do Paraná.

Opinião da Coordenação

Todos os trabalhadores no país devem se preparar diante da atual conjuntura de ataque dos governos e Congresso Nacional contra os diretos dos trabalhadores que ameaçam rasgar a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT). Com a aprovação deste parlamento reacionário da PL 4330/04 que terceiriza a mão de obra e o vigor das Medidas Provisórias 664 e 665/04 que alteram as regras do Seguro-Desemprego, Abono Salarial, Seguro-Defeso, Pensão por Morte, Auxílio-Doença e Auxílio-Reclusão, a realidade no futuro poderá ser de violência contra o trabalhador. Violência não apenas física, mas, a falta de condições para o trabalhador garantir o sustento de sua família.

30 de abril de 2015