Nota do SINTET-UFU sobre a proposta apresentada pelo governo na Mesa Nacional de Negociação Permanente

 

O SINTET-UFU reitera que, frente a complexa conjuntura política que vivemos, é de extrema importância ter no poder um governo aberto ao diálogo com a nossa categoria e demais trabalhadores.

Consideramos que, durante as 6 reuniões da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), se avançou muito pouco em conquistas efetivas para os/as servidores/as públicos federais. Essa postura não nos fortalece na luta contra o entulho autoritário e bolsonarista alojado em nossa sociedade nesses últimos anos.

A proposta apresentada pelo Governo durante a reunião da MNNP no dia 18 de dezembro de 2023 é, na essência, ruim por dois motivos: 1) O reajuste do auxílio alimentação não inclui aposentados/as e pensionistas e o reajuste nos outros dois auxílios (creche e saúde) são tímidos. 2) Contradizendo o discurso do governo no decorrer do primeiro semestre, o percentual ofertado para o reajuste salarial é inferior ao reajuste emergencial proposto pelo governo nesse ano de 2023.

Durante os meses iniciais de 2024, construiremos táticas nas mesas para nos colocar no caminho de aceitarmos os reajustes nos benefícios, mas rejeitar os índices propostos para o reajuste no salário, procurando atender também os/as aposentados/as e pensionistas. Exigiremos um percentual maior!

É uma possibilidade que pode se confirmar ou não, dependendo da conjuntura, que ainda é bastante desfavorável para a classe trabalhadora

Mas independentemente da tática a ser utilizada na mesa de negociação, só é possível colher vitórias conforme o grau de mobilização da nossa categoria e de nossa capacidade de paralisar as atividades cotidianas das universidades durante o período de greve.

O momento exige uma robusta mobilização para fortalecer o Estado de Greve aprovado em Assembleia Geral do SINTET-UFU e posteriormente na última Plenária Nacional da FASUBRA.

Precisamos mobilizar a nossa categoria nesse próximo período para nos preparar para a greve no início de 2024. Dessa forma, buscaremos a sua construção em conjunto com as entidades da educação federal (ANDES-SN e SINASEFE).

Taticamente, apostaremos na mesa de negociação específica, considerando que teremos recursos do orçamento destinados para o PCCTAE em virtude da nossa localização na consulta da Plataforma do Brasil Participativo. O resultado dessa negociação produzirá ganhos significativos para o conjunto da categoria, envolvendo trabalhadoras/es aposentadas/os e trabalhadoras/es que ainda não se aposentaram.

O SINTET-UFU estará conectado com o debate que é realizado pela FASUBRA e pelo FONASEFE.

No início de Janeiro, realizaremos assembleias e atividades para debatermos coletivamente o tema.

 

Coordenação Colegiada do SINTET-UFU

20 de dezembro de 2023