ELEIÇÕES UFU 2020: Questionamentos das servidoras e servidores técnico-administrativos em Educação da UFU para os candidatos à reitoria da universidade

 

Desde o início do calendário de Eleições para Reitoria da UFU o SINTET-UFU está empenhado em acompanhar ativamente a construção do processo democrático. Sendo assim, lançamos um formulário de captação de demandas dos servidores UFU para os candidatos à Reitoria da Universidade, que foi sistematizado e apresentado às candidaturas em 08 de setembro. O sindicato apresentou como proposta limite para resposta das chapas o último domingo, 13 de setembro, às 23h59, mas somente uma das chapas nos respondeu no prazo estabelecido. Ainda assim, na segunda-feira (14) tentamos contato com as demais candidaturas, que não nos responderam até o prazo de fechamento desta divulgação (12h de 15 de setembro).

 

 

Divulgamos a todas e todos para que tenham amplo conhecimento das respostas encaminhadas diretamente para nós, técnico e técnica-administrativos da UFU. É fundamental que nossa categoria esteja sintonizada com nossas reivindicações de classe para que nesta quinta-feira, dia 17 de setembro, façamos a escolha consciente dos nossos representantes para a gestão 2021-2024 da Reitoria UFU.

Confira as respostas abaixo:

 

 

 

1- Qual é sua posição sobre a Flexibilização da Jornada de Trabalho (Resolução nº 05 do Condir) em 30 horas semanais para os trabalhadores técnico-administrativos da UFU? Caso seja favorável, que medidas podem ser adotadas para uma implementação, de fato, da flexibilização?

 

Fui o relator de vista do processo de flexibilização da jornada de trabalho (30 horas) no CONDIR, e sou totalmente favorável à sua implementação não apenas no Hospital de Clínicas, como, também, em todos os Órgãos Complementares, Suplementares, Unidades Acadêmicas, Especiais de Ensino e Administrativas de toda a UFU. Temos um entendimento ampliado em relação ao sentido de atendimento ao público que favorecerá toda a comunidade acadêmica.

 

 

2- Qual é sua posição sobre as trabalhadoras e trabalhadores do HC-UFU que compõe o grupo de risco e seguem em trabalho presencial em meio à pandemia de COVID-19?

 

A Chapa Comunidade UFU representada pelo Professor Helvécio e pela Professora Marineia entende que a preservação da vida é prioridade. Por isso, em nossa avaliação quem compõe o grupo de risco não deve se expor ao ambiente de trabalho, seja ele o hospitalar ou não.

 

 

 

3- O candidato firma o compromisso com a aplicação da lei de cotas para concursos de técnicos e docentes, além dos processos seletivos dos cursos de graduação e pós-graduação, assim como a ampliação das cotas para os processos de bolsas e assistência estudantil?

 

Nós integrantes da Chapa Comunidade UFU, representada pelo Professor Helvécio e Professora Marineia possuímos um histórico de lutas dentro e fora da UFU contra o racismo, e pela implementação efetiva das cotas raciais nos Cursos de Graduação, Pós-graduação, Técnico, Educação Básica e concursos públicos. Nesse sentido, firmamos o compromisso de aplicação de todas as legislações de ações afirmativas na Universidade.

 

 

4- O candidato se compromete em manter as eleições como rito democrático para os institutos, faculdades e demais diretorias da universidade?

 

Sim, nos comprometemos. A defesa de uma gestão democrática em todos os espaços da UFU é um princípio fundamental de nossa carta programa. Além disso, estimularemos sempre a realização de Eleições Paritárias nos Institutos, Faculdades, ESTES e ESEBA. Também faremos eleição para a escolha da Superintendência e Diretorias do Hospital de Clínicas.

 

 

5- Como lidar com a falta de recomposição do quadro de servidores devido à extinção de cargos e a falta de abertura de concursos públicos para TAE’s?

 

Entendemos que para transformar essa realidade, a Reitoria da UFU deverá junto com a ANDIFES e a FASUBRA, pensar em um planejamento estratégico de ações políticas para pressionar o Governo Federal pela revogação da Lei 9632/98, que promoveu a extinção de cargos e pela reabertura de concursos públicos. Também entendemos que a agenda no momento, exige da comunidade universitária uma mobilização para o enfrentamento da segunda versão do Projeto FUTURE-SE, bem como do Projeto de Reforma Administrativa que pretende acabar com concursos públicos nas áreas da saúde e educação.

 

 

6- Quais são as propostas para o combate ao assédio moral e sexual na Universidade?

 

Propomos a criação de uma política administrativa na UFU debatida coletivamente no Conselho Universitário, promovendo o suporte e a proteção das vítimas e, também, a realização de ações de formação continuada com gestoras e gestores sobre os pilares de uma gestão pública que busque uma superação cotidiana de práticas de assédio moral e sexual. Entendemos ser necessária a substituição de uma gestão centralizadora, como a que temos hoje na UFU, por uma gestão democrática e transparente, pois isso é fundamental para pensar ações de combate ao assédio moral e sexual na Universidade.

 

 

7- Como a chapa vai trabalhar na garantia das ações afirmativas (políticas associadas à diversidade étnico-racial, cultural, de gênero e diversidade sexual e pessoas com deficiência) presentes hoje na universidade?

 

A Chapa ComUnidadeUFU pretende criar uma Pró-reitoria de ações inclusivas e políticas afirmativas, além de garantir que 50% dos cargos serão ocupados por TAEs, contemplando pessoas negras, pardas, indígenas, pessoas com deficiência e população LGBTQIA+, considerando as interseccionalidades. Também garantiremos a reserva de vagas em concursos cumprindo a legislação federal.

 

 

8- Quais são suas propostas para o desenvolvimento de pesquisas das servidoras e servidores técnico-administrativos, frente aos diversos cortes e desvalorizações por parte do governo para com a categoria?

 

Pretendemos fortalecer políticas que garantam o afastamento para que Técnicas e Técnicos Administrativos em Educação se afastem para a realização de cursos de qualificação (graduação, mestrado, doutorado e pós doutorado). Promoveremos políticas internas na UFU que garantam a possibilidade efetiva para que TAEs atuem como participantes e coordenadoras/es de Projetos de Pesquisa e Extensão.

 

 

9- Qual é a avaliação da chapa sobre a Reforma Administrativa apresentada pelo governo?

 

Nos posicionamos de forma absolutamente contrária a proposta de Reforma Administrativa apresentada pelo atual Governo Federal. Entendemos que esse Projeto reconfigurará o perfil e o papel do Estado brasileiro, pois impedirá a realização de concursos públicos nas áreas da Educação e Saúde. Atuaremos junto com a ADUFU-SS, SINTET-UFU, FASUBRA, ANDES-SN e ANDIFES no enfrentamento a esse projeto de desmonte do Estado brasileiro.

 

 

10- Como a chapa pretende tratar um possível movimento de greve que pode ser realizado pelo SINTET-UFU e pela FASUBRA? O senhor pretende cortar ponto de grevistas?

 

A nossa chapa sempre respeitará qualquer movimento de greve ou paralisação. Utilizaremos do princípio constitucional da Autonomia Universitária garantida pelo Artigo 207 da Constituição Federal para não promover corte de ponto. Nesse sentido, propomos estabelecer um debate democrático, para que possamos alterar a forma de controle eletrônico vinculada ao Ministério da Economia que parte da categoria técnico-administrativa da UFU está submetida.

 

 

11- Qual a posição da chapa em relação a uma possível intervenção do Governo Federal, na hipótese de nomear o candidato não eleito? Se o senhor for derrotado na consulta eleitoral e for nomeado pelo Ministro da Educação e Presidente da República, aceitará cumprir o papel de interventor na UFU, desrespeitando a vontade da comunidade universitária?

 

A Chapa Comunidade UFU é contrária a qualquer intervenção do Governo Federal no sentido de desrespeitar o resultado da Consulta Eleitoral na UFU. Se a nossa chapa for derrotada, defenderemos a posse da chapa vitoriosa, e nos somaremos ao movimento político da Comunidade Universitária da UFU para que ela seja devidamente empossada no cargo.

 

 

15 de setembro de 2020