A programação do XXVII CONSINTET-UFU nessa quinta-feira (12) se iniciou com um debate sobre a saúde do servidor em tempos de hegemonia da lógica privada dos planos de saúde. Mediada por Fernanda Rosa, coordenadora do sindicato, a mesa teve a participação de José Carlos Muniz, advogado do SINTET-UFU, José Veridiano, técnico-administrativo em educação aposentado e Acles Teixeira de Morais, tecnólogo em logística e técnico-administrativo na UFU.
Diante dessa conjuntura, torna-se urgente defender, mais do que nunca, o Sistema Único de Saúde (SUS). Esse é um ponto destacado durante a atividade, não só pelos integrantes da mesa, mas também pelos presentes. Em 2019 o convênio médico da Unimed surpreendeu as servidoras e servidores UFU com um reajuste significante. Muitas e muitos tiveram que cancelar o plano de saúde por não terem condições de arcar com o custo. Acles acredita que “o problema central é gestão”, e traz exemplos de entidades que conseguiram negociar com as operadoras de convênios para conseguirem um preço melhor. De acordo com o técnico-administrativo, “podemos continuar pagando um plano de saúde ou implantar um programa de auto-gestão”.
José Veridiano é ex-presidente do Conselho Municipal de Saúde e inicia sua fala ressaltando que luta pelo Sistema Único de Saúde há cerca de 30 anos. O técnico-administrativo aposentado também fala sobre a recusa dos planos de saúde em atenderem os idosos, segundo Veridiano, existem planos que aumentam em até 100% o valor da mensalidade de acordo com a idade dos usuários. Além disso, “quem paga pelo SUS somos todos nós e, inclusive, pagamos alto”, ressalta o servidor, que acredita existir uma valorização daquilo que é privado enquanto deixa-se de lado a saúde pública. Veridiano destaca a importância da mobilização dos técnicos-administrativos e sociedade como um todo na defesa do SUS. Para o aposentado “precisamos fazer pressão nos governantes para que o Sistema Único de Saúde funcione perfeitamente”.
José Carlos Muniz traz uma apresentação intitulada saúde do servidor em tempos de hegemonia, contendo informações jurídicas sobre questões referentes a planos de saúde. O advogado do SINTET-UFU destaca que desde o reajuste da Unimed em 2019, ficou inviável para os servidores manter o convênio, já que o trabalhador teria que abrir mão de outras necessidades para pagar o valor requerido pela operadora, fato que configura, inclusive, perda de qualidade de vida. Muniz acredita que a categoria precisa se organizar para debater e pensar em qual caminho seguir para resolver o problema de saúde suplementar dentro da universidade. Além disso, o advogado reforça a importância do Sistema Único de Saúde, segundo José Carlos: “não há salvação fora do fortalecimento e defesa do SUS”.
O último dia do XXVII CONSINTET-UFU 2019 conta ainda com a prestação de contas do sindicato e, na parte da tarde haverá apresentação do trailer dos 30 anos de SINTET-UFU e alteração estatuária, juntamente com construção do Plano de Lutas para 2020.
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12 de dezembro de 2019
