Segundo dia da greve de 48h é marcado por audiência pública contra os ataques à educação

Por Lorena Martins

Na última quinta-feira, dia 3 de outubro, professores, alunos e servidores da UFU protestaram contra os ataques do governo, representados pelos cortes de verbas destinadas às universidades públicas e o programa Future-se. A concentração para o ato aconteceu no Centro de Convivência do campus Santa Mônica e de lá marcharam até a Câmara Municipal de Uberlândia, onde foi realizada audiência pública contra os ataques à educação.

A audiência foi transmitida ao vivo pela Tv Câmara e debateu sobre o programa Future-se, entre outros assuntos que dizem respeito à comunidade acadêmica, como as dificuldades provenientes dos cortes de verbas destinados à universidade, por exemplo.

A mesa foi composta pelos docentes Sidney Ruocco e Natalia Scartezini, representando a ADUFU; os técnico-administrativos Mário Costa de Paiva Guimarães Júnior e Sebastião Elias pelo SINTET; os estudantes Carlos Monteiro e Arthur Ferreira em nome da APG e DCE, respectivamente; Guilherme de Faria, presidente da SindUTE; Renata do Carmo, coordenadora do programa PIBID; os professores Leonardo Barbosa (INCIS) e Jimi Nakajima (INBIO) e o Pró-Reitor  da UFU Hélder Eterno da Silveira.

 

As falas se centraram no Future-se e como ele coloca em risco a universidade gratuita e de qualidade, já que o programa se trata do início de um processo de privatização do ensino público. O corte de verbas também foi pauta bastante discutida, pois afeta todos os setores da UFU, influenciando diretamente na vida de docentes, discentes e trabalhadores. Além disso, outros temas como as condições de trabalho dos servidores e terceirizados e até mesmo a questão da EBSERH foram contemplados.

Em meio aos discursos, o coro de vozes gritando dizeres como “que contradição, tem dinheiro pra banqueiro, mas não tem pra educação” roubavam a cena. Vozes de professores, estudantes e técnico-administrativos que representam a resistência da universidade diante dos constantes ataques do governo.

4 de outubro de 2019