SINTET-UFU participa de ato em Brasília ao lado de mais de 100 mil pessoas

Manifestantes pediram a renúncia de Michel Temer e a convocação de eleições diretas. (Imagem: Guilherme Gonçalves)

Por Guilherme Gonçalves

Ontem, 24 de maio, foi um dia histórico para a classe trabalhadora. Mais de 100 mil pessoas ocuparam Brasília em mais uma manifestação contra as Reforma da Previdência e Trabalhista, pediram a renúncia do presidente Michel Temer, envolvido em diversos escândalos de corrupção e a convocação de eleições diretas. O SINTET-UFU engrossou a luta nesse importante dia para a nação com a presença de quase 100 trabalhadores e trabalhadoras da categoria.

A caravana do SINTET-UFU partiu de Uberlândia no dia 23 à noite ao lado de mais 20 ônibus de trabalhadoras e trabalhadores da cidade. Em Brasília, a concentração aconteceu no estacionamento do Estádio Mané Garrincha. Diversas centrais sindicais, federações, associações, sindicatos, movimentos sociais estudantis levaram seus representantes para o ato.

Parte da caravana do SINTET-UFU se preparando para o ato. (Imagem: Guilherme Gonçalves)

Por volta do meio-dia os manifestantes começaram a percorrer os aproximadamente 4 quilômetros entre o estádio e o Congresso Nacional, ponto final da manifestação. Os mais de 100 mil participantes percorreram toda a extensão gritando palavras de ordem contra as reformas propostas pelo governo, pedindo o impeachment de Michel Temer e a convocação de eleições diretas. A Esplanada dos Ministérios se tornou um mar de pessoas lutando por seus direitos.

Manifestante dá o seu recado para os parlamentares. (Imagem: Guilherme Gonçalves)

Confronto

Como em outras vezes, a Polícia Militar junto com a Força Nacional entrou em conflito com uma parcela dos manifestantes. Apesar dos atos de vandalismo, mais uma vez foi utilizada força desproporcional contra os manifestantes, com o uso de bombas de efeito moral, gás de pimenta, balas de borracha e até projéteis balísticos metálicos, que não são utilizados para dispersão de multidões.

E infelizmente a cobertura da grande mídia focou no confronto e desconsiderou o comportamento exemplar da grande maioria dos manifestantes. De novo, por meio da parcialidade, buscam criminalizar um movimento legítimo, jogando a população contra ele ao mostrar apenas os problemas enfrentados.

A luta não para

Apesar de tudo, o saldo da manifestação é positivo, uma vez que conseguiu bater a meta de levar 100 mil pessoas a capital federal para protestar. Parlamentares viram e ouviram que o povo não está inerte aos ataques que o governo busca promover. Fica ainda o recado de que a luta não cessará. A classe trabalhadora continuará lutando contra as Reformas da Previdência e Trabalhista, pelo impeachment de Michel Temer e a convocação de eleições diretas.

25 de maio de 2017