Virgínia Fontes debate conjuntura e sindicalismo

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Imagem: Raissa Dantas

 

 

Por Raissa Dantas

Em atividade realizada nessa quarta-feira, 11 de maio, a profª. Virgínia Fontes (UFF/FIOCRUZ) explanou durante a tarde sobre questões relacionadas à conjuntura política nacional e a questão sindical. Numa perspectiva crítica, a professora e pesquisadora colocou como vivemos hoje uma segmentação geracional no mundo do trabalho que traz como uma de suas graves consequências a alienação dos trabalhadores enquanto classe social. Traçando um panorama histórico, Virgínia tratou das demissões do governo Collor, Plano Bresser Pereira, Neoliberalismo, governos FHC, além da política atual representada pelas gestões Lula e Dilma Rousseff.

Foi apresentada como a fragmentação da classe trabalhadora é real e tem dimensão/reflexo também real no reconhecimento enquanto classe, advindas do que chamou de um “legalismo subserviente” em que os trabalhadores acatam a retirada de direitos a partir de forte pressão que segmenta os trabalhadores a partir de contratos, a partir de leis que proíbem que os trabalhadores se organizem coletivamente em suas categorias, gerando rupturas simbólicas e materiais na realidade do mundo do trabalho.

Mais especificamente sobre a análise dos últimos 13 anos de governos petistas, Virgínia Fontes coloca críticas ao modelo e aponta motivações das consequências atuais, “porque se perdeu, se afastou e não diz mais respeito a essa classe trabalhadora”. A docente apontou como um dos exemplos negativos do governo atual o PLP257/16, que é representado como a reforma fiscal, com graves consequências aos direitos trabalhistas.

Para concluir, Virgínia deixou a provocação sobre a questão sindical, questionando “Nós somos empresários de sindicato? A luta pela base foi desaparecendo”, se referindo às experiências de aparelhamento e imobilismo que acometeram setores do movimento sindical. Entretanto, como perspectiva e dando tom mobilizador à categoria que esteve presente no espaço, colocou como o processo de renovação de quadros, o trabalho de base e a democratização da comunicação devem estar no horizonte de práticas sindicais, na construção de um modelo contra hegemônico de resistência e lutas.

Em breve disponibilizaremos o registro audiovisual da atividade, então acompanhe nosso site http://www.sintetufu.org e nossas redes sociais. O registro fotográfico está disponível em http://www.facebook.com/sintet.ufu

12 de maio de 2016