Escrito por Luciana Castro
Começou hoje 26 o XXII CONSINTET-UFU, o congresso dos trabalhadores técnico-administrativo realizado pelo SINTET-UFU. O evento visa discutir temas como a conjuntura política nacional, previdência pública e privada, educação e plano de lutas para 2015, bem como a prestação e aprovação das contas do sindicato.
Os participantes foram recebidos com delicioso café da manhã. Em seguida foi feito um momento de reflexão e oração. A mesa de abertura contou com a participação do vice-reitor da Universidade Federal de Uberlândia – UFU, professor Eduardo Nunes Guimarães; pelo representante da Pró-Reitoria de Recursos Humanos – PROREH, Lúcio Antônio Portilho; pela presidente da CUT Minas Gerais, Beatriz da Silva Cerqueira; pelo coordenador da FASUBRA Sindical, Paulo Henrique Rodrigues; pela presidente da ADUFU, professora Jorgetânia da Silva e pelos coordenadores gerais do SINTET-UFU, José Veridiano de Oliveira, Magna Soares Domingues e Silnando Silvério Ferreira, que declarou aberto o XXII CONSINTET-UFU.
O regimento interno do congresso apresentado pelas coordenadoras, Maria do Nazaré Lima e Sirle de Sousa foi aprovado com apenas uma abstenção.
Análise de Conjuntura Nacional e Internacional
Prestigiaram o tema, Beatriz Cerqueira, Antônio Almeida, professor do Instituto de História da UFU e o técnico-administrativo da Universidade Federal do Ceará UFC, José Maria de Castro. A análise da situação política pré-eleição presidencial e projeção para o cenário futuro despertou a participação intensa dos delegados no debate. Para Beatriz Cerqueira o movimento sindical mineiro representou papel importante nas eleições de 2014. “A população começou a cobrar políticas públicas de qualidade”, disse Beatriz sobre a participação da sociedade no processo eleitoral.
Para a presidente da CUT Minas, desde 2013 o povo brasileiro vem resgatando a sua coragem para brigar contra o descaso do poder público. “A população voltou a perceber que os serviços essenciais à sociedade brasileira são um direito”. No entanto, o resultado das eleições de 2014 não projeta um futuro tranquilo. “A maioria do congresso nacional é dominada por homens, brancos, ricos e que não defendem os interesses do trabalhador. Os representantes dos trabalhadores precisam ganhar mais espaço”, completou. Para 2015 segundo Beatriz, há três principais ações necessárias: A reforma política – “é fundamental na pauta de luta dos trabalhadores”. Democratização da comunicação – “é fundamental para que a classe trabalhadora permaneça na disputa da hegemonia”. Organização – “fortalecer o Movimento Sindical, Movimento Social e Juventude”.
Reintegração de posse
Durante o debate, o coordenador Silnando Silvério lembrou que o Conselho Universitário conseguiu adiar a reintegração de posse do Campus Glória prevista para o dia 4 de dezembro, impedindo um possível conflito entre autoridades e famílias que residem no local.
Massacre em Felisburgo
A convidada Neiva Flávia de Oliveira, professora da Faculdade de Direito da UFU e coordenadora do Centro de Incubação de Empreendimento Solidário, lembrou do massacre em Felisburgo. Em 20 de novembro de 2004 um acampamento do MST foi atacado por 17 pistoleiros, morreram cinco sem terra e 20 ficaram feridos. O líder da ação e dono da fazenda ocupada, Adriano Chafik foi condenado a 115 anos de cadeia, porém, a justiça concedeu a reintegração de posse ao assassino. Neiva pediu o apoio do SINTET-UFU e das Centrais Sindicais para que essa reintegração de terra não aconteça. Sensibilizou os congressistas pela seriedade do caso, para que as famílias sejam alocadas após 10 anos de ocupação. “Só uma rede de apoio pode mudar esta situação”, disse Neiva.
O Levante Popular da Juventude representado por Anderson Pereira Santiago e Caroline Has também prestigiaram o evento. “Estamos juntos enquanto juventude e movimento estudantil e juntos vamos caminhar muito melhor”, disse Anderson.
A discussão se estendeu por volta de 14h30 min.
27 de novembro de 2014
