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TAE’s – de servidor a protagonista da educação

O estado brasileiro tem sofrido várias mudanças da monarquia aos dias atuais. Contudo, em qualquer época e independente de seu formato encontramos a figura imprescindível do servidor, o agente público que dá vida à universidade.

 

Servidor público federal

 

Na educação, desde os primórdios estávamos lá ultrapassando os meados do último século – ainda insistiam em nos manter invisíveis no processo educacional. A figura do servidor nas instituições de ensino era tratada no modo restrito da palavra: uma figura e um servidor – e isto se consolidava nos estatutos das instituições como forma de garantir os limites de nossa atuação. Este período não se estendeu por muito tempo, passamos a nos encontrar neste ambiente e a nos identificar como trabalhadores. Rompemos então com a cultura profetizada há séculos nesta estrutura, começamos a dar os primeiros passos rumo à nossa emancipação. Ao nos reconhecermos como trabalhadores e, portanto uma classe, provocamos uma movimentação intensa nas universidades e na sociedade cobrando nossos direitos em busca de uma identidade como categoria.

 

Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Salários

 

No início dos anos 80 após uma longa greve, construímos um plano de cargos e salários, inicialmente entre os trabalhadores das universidades fundacionais e em seguida um plano único de cargos e salários que abarcou os trabalhadores de todas as universidades. E mais que isto, o processo de ruptura teve por efeito incluir neste plano os docentes. Uma nova página estava escrita na história da educação federal, o Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Salários estabelecia a nova relação de trabalho nas instituições de ensino.

Embora a norma legal a partir daquele momento passa a nos reconhecer como trabalhadores na educação, tínhamos ainda um caminho muito árduo e longo a percorrer cumprindo uma tarefa de igual peso. Vencer o preconceito e mudar a cultura reinante na universidade onde o máximo que se permitia ainda era falar, sugerir, quando permitido, fazer proposições para melhoria da educação e da gestão universitária.

 

Direito a voz

 

Pé na estrada e nossa categoria, que influenciou na constituinte de 88 e na democratização do país, promove neste período a mudança de patamar nas relações de poder conquistando o direito a voz e voto nos conselhos superiores.

 

PCCTAE

 

Continuando a caminhada, já neste século conquistamos o Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação PCCTAE. Confirmando nossa identidade enquanto categoria e como partícipes do processo de educação.

Mas ousados que somos não permitimos que o PCCTAE se resumisse a rehierarquização de cargos e uma tabela salarial. A luta iniciada no século passado tinha em seus pressupostos a conquista da dignidade e o reconhecimento institucional de nosso papel em todo o processo educacional. Por isto construímos uma carreira que em lei nos assegura a possibilidade de fazer pesquisa e extensão, gerenciar projetos e administrar a instituição. Não se trata de aventura. Aliada a esta ousadia consagramos na mesma lei a obrigação do estado em formar e capacitar os trabalhadores técnico-administrativos em educação.

 

Dia do servidor

 

Nesta semana rendem-se homenagens protocolares aos servidores públicos.

O SINTET-UFU, no entanto os saúda o ano todo, pois se temos o compromisso com um país melhor e com uma educação de qualidade, é preciso lembrar que isto só se torna possível porque trabalhador@s Técnico-Administrativos em Educação mantém no seu cotidiano este compromisso.

Parabéns a@s Trabalhador@s Técnico-Administrativos em Educação.

 

 

21 de outubro de 2014