[GREVE] Reunião entre CLG e DACIN, confira os repasses

 

Na tarde da última quinta-feira, dia 11 de abril de 2024, o Comando Local de Greve (CLG) se reuniu com trabalhadoras e trabalhadores da Divisão de Acessibilidade e Inclusão (DACIN). Estiveram presentes representantes da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEP) e Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD).

De acordo com a relatoria realizada pelo técnico e membro do CLG, Wander Matias, o professor Márcio Magno, representando a PROGEP, abriu a reunião informando aos presentes sobre a preocupação da instituição com relação ao atendimento aos alunos com deficiência, especialmente alunos surdos, inclusive com casos em que há intervenção do Ministério Público para esse atendimento.

Em seguida, o professor Ricardo Kagimura, supervisor da DACIN, explicou sobre a estrutura atual da divisão, falando das dificuldades em atender a todas as demandas de interpretação de Libras. Segundo Kagimura, ao mesmo passo que compreendem a luta dos TAES em greve, se preocupam com a saúde dos Tradutores Intérpretes de Libras (TILS) terceirizados, sobrecarregados e que nesse período estão trabalhando sozinhos.

Celeste Francisca da Silva, técnica que faz parte do CLG, questionou sobre médias dos alunos e outros agravantes que pudessem levar ao prejuízo dos discentes que não somente a ausência dos TILs que aderiram à greve. Matias, que é Tradutor Intérprete de Línguas, usou a palavra para questionar quais eram os cursos originais dos alunos, já que alguns discentes haviam iniciado cursos em faculdades diferentes, cuja estrutura não lhes permitiu permanecer. Um segundo questionamento foi em relação a considerar o trabalho realizado no setor como atendimento “essencial”.  Sobre essa questão, foi esclarecido que, por lei, quando um setor é considerado essencial, ele precisa atender com, no mínimo, 30% dos trabalhadores. Dessa forma, levando em consideração que a DACIN conta com 12 trabalhadores/as terceirizados/as e 09 efetivos/as, somando 21 profissionais, ao menos 7 TILS deveriam continuar trabalhando, número que é perfeitamente contemplado pelos terceirizados.

Robson Luiz Carneiro, técnico e membro do CLG, citou que o fator que determina se um setor é essencial, relaciona-se à perda de vida humana. Marina Lopes, servidora da DACIN, pontuou que mesmo antes da greve, algumas das demandas não eram atendidas por falta de profissionais. A Tradutora Intérpretes de Libras afirmou que a volta dos grevistas não seria a solução para esses problemas. Outro ponto considerado foi a questão da permanência dos alunos, que ao serem aprovados no vestibular “supõe-se que suas deficiências desaparecem” uma vez que têm atendimento no turno, mas no contraturno, em suas atividades acadêmicas, o aluno não tem o acompanhamento de um TILS.

Em resposta, Magno registrou todos os informes e diferenciou também o real e o ideal, relembrando a luta dos pró reitores em reverter os decretos 9.262 e 10.185/19. Foi solicitado também repasse aos pró-reitores nacionais a reivindicação da conversão do nível D para E no caso dos TILS, para discussão nacional, pois ambos os níveis em muitos casos estão na mesma sala de aula e desenvolvem o mesmo trabalho.
A reunião transcorreu em clima de cordialidade e compreensão. O CLG esclareceu com a DACIN sobre a escala mínima, mesmo que o setor não seja considerado essencial; lembrando que, mesmo se a DACIN fosse considerada serviço essencial, existem 30% dos profissionais em atendimento. Foi considerado, também, o término do semestre, que conforme calendário será em 26 de abril de 2024. Os responsáveis tomarão as providências.

15 de abril de 2024