Em greve há quase dois meses, os servidores técnicos-administrativos da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) continuam as discussões que envolvem a categoria. Nesta quinta-feira (23), o comando local de greve do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (Sintet-UFU) promoveu um debate sobre a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e o que a categoria chama de “privatização dos hospitais universitários”.
Em nota, a assessoria de imprensa da Ebserh informou que não contou com representantes no debate e reforçou que ainda não assinou nenhum contrato para gestão do Hospital de Clínicas da UFU.
Durante o encontro, realizado no saguão da reitoria, o diretor nacional da Fasubra e membro do comando de greve, Mário Guimarães Júnior, falou sobre o processo de criação e instauração da empresa pública e os motivos que levam a entidade a ser contra a mesma.
Após o debate foi aberta a participação e questionamentos por parte dos presentes. De acordo com a coordenadoria do comando de greve do Sintet-UFU, a intenção é dar continuidade ao tema e realizar palestras e seminários a fim de esclarecer sobre o assunto não apenas para os técnicos-administrativos, como para toda comunidade universitária.
Pré-adesão
No último mês de março, a UFU formalizou interesse pela gestão da Ebserh, após decisão do Conselho Universitário. A assessoria da Ebserh explicou que, a partir da pré-adesão, foram iniciados os trabalhos de dimensionamento de serviços e de pessoal para posteriormente ser realizado concurso público para recomposição de servidores, caso o contrato seja efetivado.
A próxima etapa da universidade é a assinatura do contrato de adesão, quando será iniciada a implantação de um plano de reestruturação da unidade hospitalar. A ação é executada de forma conjunta entre a universidade e a empresa, mas ainda não há nenhuma previsão.
Atualmente a Ebserh mantém contratos de gestão com 26 universidades federais para gestão de 31 hospitais universitários federais. As universidades podem manifestar interesse na gestão e iniciar o processo de adesão. Em seguida, o hospital universitário entra para a fase de pré-contrato, na qual é realizada análise situacional do hospital, dimensionamento de serviços de saúde e dimensionamento de pessoal para cada setor.
“Após esta parte é elaborado plano de reestruturação do hospital e contrato. Depois da assinatura do contrato são feitos os procedimentos para realização de concurso público e inicia-se a execução do plano de reestruturação”, esclareceu a assessoria.
Fonte: G1 Triângulo Mineiro
24 de julho de 2015